Duas das maiores montadoras de veículos comerciais do mundo resolveram juntar forças. Nesta terça-feira, Daimler Truck e Grupo Volvo oficializaram a criação da Coretura, joint venture que terá como missão o desenvolvimento de veículos definidos por software.
Em comunicado, as parcerias afirmam que a nova empresa, que tem sede em Gotemburgo, Suécia, estabelecerá “um novo padrão para o setor” e permitirá que ambas, assim como futuros clientes, forneçam aplicativos digitais autônomos e diferenciados para os veículos.
A Coretura começou a nascer mesmo em 28 de outubro do ano passado, quando foram assinados acordos vinculativos entre Volvo e a Daimler Truck e que obtiveram todas as aprovações regulatórias para iniciar suas operações a partir deste mês.
O objetivo de lançar seus primeiros produtos em veículos até o final da década. Daimler Truck Volvo enfatizam que, ainda assim, “permanecerão concorrentes e continuarão a diferenciar sua gama de produtos e serviços, incluindo suas respectivas soluções digitais”.
“Este é um passo importante não apenas para nós, mas para toda a indústria e nossos clientes. Juntos, estamos iniciando o futuro digital de caminhões e ônibus, tornando os veículos comerciais mais inteligentes, mais conectados e mais eficientes do que nunca”, afirma Karin Rådström, CEO da Daimler Truck.
“A Coretura representa um passo ousado na evolução dos veículos comerciais ao alavancar tecnologia de ponta e inovação colaborativa”, completou na nota oficial Martin Lundstedt, CEO do Grupo Volvo.
A nova empresa será comandada por equipe de quatro executivos, dois de cada um dos grupos acionistas. À frente estará o CEO Johan Lundén, que integrava a Volvo, onde era responsável pelo Planejamento Estratégico de Produtos, Projetos e Gestão de Inovação.
A Coretura pretende oferecer uma plataforma de veículos definida por software padronizada e aberta, assim como um sistema operacional dedicado a veículos comerciais e aquisição de unidades de controle centralizadas de alto desempenho, capazes de lidar com grandes quantidades de dados.
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“Isso desvinculará os ciclos de desenvolvimento de software e hardware, permitindo que os clientes finais comprem e atualizem aplicativos digitais sem fio ‘pelo ar’, melhorando a segurança, eficiência e experiência do cliente”, dizem as parcerias.
“Esta joint venture combina a agilidade de uma startup com a estabilidade e a expertise dos nossos principais acionistas”, diz Lundén, que contará inicialmente com cerca de 50 funcionários. A ideia, porém, é crescer a estrutura gradativamente, conforme o progresso técnico e alcance de marcos.
Foto: Divulgação
