Impulsionadas por três dias úteis a mais, as vendas de caminhões anotaram alta de 24,5% em julho sobre junho, para 10.598 unidades. O volume, no entanto, foi 6,6% inferior ao do mesmo do ano passado (11.530) e, no acumulado dos sete meses, o mercado chegou em baixa de 4,1%, com 65.352.

A tendência da demanda menor no mercado interno, no entanto, ainda não esfriou o chão de fábrica, conforme apontam os números consolidados no balanço da Anfavea, apresentado na quinta-feira, 7.

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A indústria produziu no mês passado 12.058 caminhões, volume que representou altas de 6,8% em relação junho (11.273) e de 1,3% na comparação com julho de 2024 (11.909). Nos sete primeiros meses, as 78.429 unidades produzidas expressam crescimento de 2,8% sobre o volume anotado um ano antes, quando acumulava 76.300 modelos.

As exportações contribuem para preservar o ritmo das atividades em alta nas fábricas, ainda que em patamar de um dígito baixo. Os embarques de caminhões seguem em contínuo crescimento. Em julho, a remessa de 2.759 unidades foi 9,3% maior em relação a de junho (2.525), mas 84,4% superior à do mesmo mês do ano passado (1.496).

Com o resultado parcial, as fabricantes já enviaram para exterior 16.203 caminhões até julho, alta de 89,8% sobre o volume registrado no mesmo acumulado de 2024 (8.536).

O presidente da Anfavea Igor Calvet, porém, reafirmou preocupação com o segmento de caminhões nos próximos meses. Além da alta nos juros, que encarece o crédito e inibe vendas, o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos trazem ainda mais incertezas.

“Ainda não dá para medir o impacto. Alguns setores ainda não têm clareza e pode impactar de maneira negativa nas vendas de caminhões, afinal, as exportações de alguns produtos para os Estados Unidos podem ser reduzidas ou mesmo inviabilizadas.”


Foto: Divulgação Scania

Décio Costa
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