Em 2005, quando o protocolo de Kyoto, tratado internacional para redução de emissões, entrou em vigor, a frota global de veículos elétricos não passava de algumas centenas de unidades. Doze anos depois, em 2017, foram vendidos mais de 3 milhões de carros elétricos e neste ano serão 4 milhões até o fim de setembro.

A necessidade de reduzir as emissões de gases efeito estufa fez os países da Europa, Estados Unidos e Japão investirem pesado no setor, como expectativa de que até 2020 sejam comercializados mais de 20 milhões de carros elétricos no mundo. Os investimentos previstos apenas de nove empresas é de R$ 560 bilhões até 2022.

No Brasil, o segmento ainda é incipiente. Foram vendidas no ano passado 3.296 unidades, o triplo do que dem 2016 (1.091), ainda assim quase nada comparado com países da Europa e Ásia.

De qualquer forma o carro elétrico não é uma necessidade imperiosa no Brasil como em outros mercados, onde a questão ambiental exige a redução drástica de emissões. Afinal, aqui o etanol já é o suficiente para a redução de emissões de gases.

Os veículos automotores são responsáveis por 24% das emissões de gases de efeito estufa, o que faz dos modelos elétricos um recurso obrigatório para o cumprimento do Acordo Climático de Paris, aprovado em 2015.

Entre 2016 e 2017, o número de países comprometidos com a eliminação do motor de combustão interna saltou de dois para quinze. Até o final deste ano, Estados Unidos e União Europeia devem anunciar decisões políticas para reduzir as emissões do setor.

* Joel Leite é jornalista, palestrante e criador da Agência AutoInforme, agência especializada no setor automotivo

 

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