Tecnologia

Ford utilizará grafeno em seus carros

Nanomaterial é duzentas vezes mais forte que o aço e chegará no Mustang

A busca por maior eficiência energética em seus produtos incentiva a Ford a dar um importante passo: a montadora estadunidense será a primeira a ter um carro com componentes confeccionados com grafeno. A honra histórica caberá, em princípio, a dois ícones da marca: o esportivo Mustang e a F-150, um dos veículos mais vendidos nos Estados Unidos.

O grafeno, um nanomaterial, é muito leve e duzentas vezes mais forte do que o aço. Caracteriza-se também por ser extremamente fino, flexível, excelente condutor e também um ótimo isolante acústico. Já está presente, por exemplo, nos telefones celulares e equipamentos esportivos.

Já é conhecido como “material milagroso” por conta dessas muitas características positivas. Sua presença em grande proporção nos produtos, porém, esbarra ainda no custo elevado. Exatamento por isso a Ford estabeleceu parceria com a Eagle Industries e a XG Sciences para utilizá-lo ainda que em pequenas quantidades.

Segundo a montadora, ele será aplicado incialmente na cobertura de linhas de combustível, bombas e motores, como “isolante acústico superpotente”.  A ideia neste caso é, sobretudo, reduzir o índice de ruídos dentro da cabine dos veículos. “Uma pequena quantidade de grafeno tem um efeito significativo na qualidade de absorção sonora”, diz John Bull, presidente da Eagle Industries.

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“A inovação aqui não está no material, mas na forma como ele é usado”, acrescenta Debbie Mielewski, líder técnica de sustentabilidade e novos materiais da Ford.

Há cerca de quatro anos a empresa vem estudando a utilização do material e desenvolvendo parcerias com fornecedores nesse sentido. “Com uma quantidade muito pequena, de menos de 0,5%, conseguimos obter melhorias significativas em durabilidade, isolamento acústico e redução de peso”, diz a técnica da Ford.

Em testes, a espuma misturada com grafeno reduziu em  17% o nível de ruído, melhorou 20%  propriedades mecânicas e 30% a resistência ao calor comparado ao material sem o nanomaterial.


Fotos: Divulgação/Ford

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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