Com crescimento em todos os segmentos nos quais atua, a indústria de autopeças registrou expansão de 19,2% no faturamento líquido nominal no acumulado dos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2017, conforme balanço divulgado na quarta-feira, 28, pelo Sindipeças.

As vendas para montadoras tiveram alta de 19,3% no período de janeiro a setembro deste ano, enquanto os negócios intrassetoriais elevaram-se em 12,6% e as transações no mercado de reposição evoluíram 8,6%. Também é positivo o desempenho nas exportações, que aumentaram 14,3% em dólares e 29,5% quando considerados os valores em reais.

A recuperação dos negócios ao longo do ano, segundo análise da pesquisa conjuntural do Sindipeças, deve-se basicamente ao aumento da oferta de crédito, à reposição de ativos, principalmente veículos pesados, e também ao fato de a inflação e os juros estarem sob controle. O nível de emprego no setor em setembro estava em patamar 7,9% superior ao do mesmo mês de 2017.

No comparativo de setembro com agosto os resultados foram negativos, o que é explicado pelo Sindipeças principalmente pelo menor número de dias úteis entre os dois meses e também por causa da extensão da crise na Argentina, que desde meados do ano vem prejudicando as vendas de autopeças e veículos brasileiros para aquele mercado.

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O faturamento nominal da indústria brasileira de autopeças encolheu 11,3% na passagem mensal de agosto para setembro, afetando todos os canais de distribuição do setor. As quedas foram de 13,4% no caso das montadoras, 13,4% nas exportações e 10,6% nos negócios instrassetoriais. Em função do desempenho negativo do mês, o uso de capacidade produtiva do setor baixou de 71% para 67%.

O levantamento mensal dos negócios no setor é realizado mensalmente pelo Sindipeças com base nas informações de 57 empresas associadas, que representam 36,2% das vendas totais do setor no Brasil.


Foto: Divulgação/Meritor

Alzira Rodrigues
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