Empresa apresentou 21 pontos para negociação
A General Motors segue negociando com os trabalhadores de suas cinco fábricas no Brasil, após divulgar que novos investimentos aqui dependerão de aprovação de medidas e acordos com funcionários, governos e fornecedores que assegurem a volta da lucratividade da operação.
Nesta-segunda-feira, 28, a montadora iniciou, via videoconferência, as discussões com os representantes dos funcionários de Gravataí (RS), onde produz o Onix, carro líder de vendas no País.
A exemplo do procedimento adotado nas tratativas com os trabalhadores de São José dos Campos e São Caetano do Sul (SP), a empresa encaminhou uma longa pauta de propostas.
Para os funcionários do complexo do Rio Grande do Sul, o mais novo em produção de veículos – completará duas décadas no ano que vem — foram elencados 21 pontos. Alguns comuns às pautas propostas para as demais unidades: redução de piso salarial, terceirização de atividades-fim, adoção de trabalho intermitente, jornadas especiais e redução de benefícios médicos.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí já afirmou, por exemplo, que não aceitará a terceirização. Por outro lado, a montadora, que se nega a dar declarações à imprensa, teria dito que esperará dez dias por uma resposta dos trabalhadores.
São aguardadas novas reuniões como os sindicalistas gaúchos nesta terça-feira e com o prefeito de Gravataí, Marco Alba, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no dia seguinte.
Enquanto coloca os trabalhadores contra a parede, a GM já conseguiu promessas do governo paulista de que estudará maneiras de incentivar a montadora, inclusive revendo os créditos de ICMS.
Em outra vertente, tem mantido conversas com vários fornecedores, pleiteando descontos adicionais aos ganhos de produtividade já projetados.
– Formação de acordo coletivo de longa de dois anos, renováveis por mais dois anos;
– Negociação de valor fixo e substituição do aumento salarial para empregado horista e congelamento ou redução da meritocracia para mensalistas;
– Negociação de participação nos resultados com revisão de regras de aplicação, prevalência da proporcionalidade, transição para aplicação da equivalência salarial e inclusão de produtividade;
– Participação dos resultados por três anos, snedo zero no primeiro ano, 50% no segundo e 100% no terceiro ano;
– Suspensão da contribuição da GM por doze meses para a previdência;
– Alteração do plano médico;
– Implementação do trabalho intermitente por acordo individual e coletivo;
– Terceirização de atividades meio e fim;
– Jornada de trabalho de 44 anos horas semanais para novas contratações;
– Piso salarial de R$ 1,3 mil;
– Redução do período de complementação do auxílio previdenciário para sessenta dias;
– Renovação dos acordos de flexibilidade;
– Rescisão no curso do afastamento para empregados com tempo para aposentadoria;
– Desconsideração de horas extraordinárias;
– Trabalho em regime de tempo parcial;
– Jornada especial de trabalho de 12 por 36;
– Ajuste na cláusula de férias com parcelamento previsto em lei;
– Regramento do contrato de trabalho intermitente;
– Inaplicabilidade de isonomia salarial acima dos 48 meses para uma nova grade;
– Cláusula regrando a adoção de termo de quitação anual de obrigações trabalhistas;
– Congelamento da política de progressão salarial horista por doze meses.
Foto: Divulgação/GM
Sindicato calcula o corte de 50 trabalhadores que estavam em licença remunerada
A atual primeira colocada Volkswagen tem 15,7% dos licenciamentos. Há um ano Jeep liderava com…
Vendas avançaram 45% em abril em relação há um ano
Presidente da Fenabrave reconhe que os elétricos puros vêm se consolidando aos poucos nos grandes…
Com 133 mil emplacamentos no quadrimestre, vendas do segmento cresceram 21,5% este ano
Encarroçadora de ônibus contabilizou R$ 316,9 milhões no período. Produção, entretanto, recuou 5,9%.