Em contraste com as projeções positivas para o mercado interno e a produção, a Anfavea não vê perspectivas de retomada das vendas externas do setor este ano. Em retração há 2 anos, as exportações limitaram-se a 428,2 mil veículos em 2019, queda de 31,9% sobre as 629,2 mil unidades embarcadas em 2018. E a projeção para 2020 é de uma retração da ordem de 11%, para apenas 381 mil unidades.

Em valores, que incluem tanto automóveis, comerciais leves e pesados como também máquinas agrícolas e de construção, o recuo foi de 32,6%, de US$ 14,5 bilhões para US$ 9,8 bilhões.

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“Não vemos possibilidade de retomada do mercado argentino, nosso principal parceiro externo”, comenta o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “Além disso há problemas em outros países da região, como no Chile por exemplo, o que deve impedir uma recuperação das vendas externas este ano”.

O executivo também destaca a questão do Custo Brasil, que dificulta a exportação para países fora da América Latina. “Temos custos elevados com logística e resíduos tributários, dentre outras limitações”, destaca o executivo, lembrando que a entidade fez um estudo mostrando que, na média, os veículos exportados embutem 12% de impostos não devolvidos.

Mercados – As exportações para a Argentina despencaram 47,7% no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, atingindo apenas 196,5 mil unidades ante as 412,1 mil  do mesmo período de 2018. A participação do país vizinho nos negócios brasileiro baixaram de 71% para 49%.

Já as vendas para o México cresceram 36,4%, para 64,8 mil veículos, com a fatia desse mercado nas exportações brasileiras saltando de 8% para 16,4%. Também foram ampliados os negócios com a Colômbia, que nos primeiros 11 meses do ano passado comprou 47,1 mil veículos brasileiros, quase o dobro de idêntico período do ano anterior, e com o Peru – volume subiu de 13,5 mil para 17,2 mil unidades. Já as vendas para o Chile caíram de 38,1 mil para 31,3 mil veículos.


 

Alzira Rodrigues
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