Apesar da produção recorde na safra 2018/2019, de 242,1 milhões de toneladas de grãos, o mercado de máquinas encerrou o ano passado com uma queda de 8,4%, com 43,7 mil unidades entregues ante 47,7 mil negociadas em 2018. O único segmento automotivo a apurar declínio.

A retração se mostrou ainda mais intensa em relação ao volume que era esperado pela Anfavea para o exercício de 2019, por volta de 46 mil unidades.

Falta de crédito

De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da associação, o desempenho foi afetado pelo esgotamento dos recursos de programas de financiamento, como o Moderfrota e o Pronaf, antes do término da safra. “A falta de previsibilidade paralisou os negócios”, afirmou, durante apresentação de balanço do setor automotivo em 2019, na terça-feira, 7.

O resultado negativo, no entanto, deverá ser revertido neste ano. Segundo as projeções da Anfavea, o segmento de máquinas deverá alcançar 45 mil unidades, o que representará alta de 2,9% sobre 2019.

“Mantemos estimativa de crescimento anterior, por que observaremos como se dará a finalização do Plano Safra 2019/20, em operação até o fim de junho, e qual será o próximo a ser anunciado”, justificou Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea para a área de máquinas.

Embarques crescem

Menos dependente da Argentina para as exportações, as fabricantes de máquinas agrícolas e rodoviárias entregara o ano passado para mercados externos 12,8 mil unidades, volume 1,5% superior ao registrado em 2018, de 12,6 mil equipamentos. Para 2020, a estimativa é anotar mais um leve crescimento, de 1%, embarcando 13 mil máquinas.

Impactado pela queda no mercado interno, o chão de fábrica do segmento finalizou 2019 com 53,1 mil máquinas produzidas, retração de 19,1% em relação ao ano anterior, quando anotou produção de 65,6 mil unidades. Para o exercício que começa, a projeção da associação é de crescimento de 5,4% sobre 2019, para 56 mil equipamentos.

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Foto: CNHi/Divulgação

Décio Costa
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