Mercado

Mercado de máquinas sente menos os efeitos da crise

Apesar da queda de 1,3% no primeiro semestre, o campo foi às compras para a colheita de cana-de-açúcar e grãos

Balanço do segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias no primeiro semestre ano revela que o campo segue em atividade conforme o calendário, com impactos negativos menores em relação aos outros segmentos automotivos.

Pelos números das vendas internas divulgados pela Anfavea, na segunda-feira, 6, de janeiro a junho as fabricantes entregaram 19,6 mil máquinas, volume que registra leve queda de 1,3% em relação ao resultado no mesmo período do ano passado, de 19,6 mil.

Nas comparações mensais, as 3,9 mil unidades faturadas em junho representaram pequena de 0,9% sobre maio (3,8 mil) e um recuo de 9,6% em relação a junho de 2019, quando anotou 4,4 mil máquinas entregues.

Grãos e cana demanda mais máquinas

Segundo análise de Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea, o crescimento apresentado em junho se deve basicamente às colheitadeiras de grãos e colhedoras de cana. “Os números mostram que a rentabilidade do produtor está positiva. Ele já faz suas pré-vendas da safra, que deve ser mais uma vez excepcional, e confiante com a retomada que a China já está experimentando.”

No mês passado, as entregas de colheitadeiras de grãos cresceram 130,8%, de 318 unidades registradas maio para 734 em junho. Já as vendas de colhedoras de cana tiveram alta de 225%, de 16 para 52 unidades, na mesma base de comparação.

“Vemos uma retomada do setor sucroalcooleiro para produção de etanol, que ficou prejudicada em virtude da baixa do preço do petróleo em passado recente, além de uma antecipação no investimento de bens de capital, sinalizando confiança no semestre que começa.”

O vice-presidente da Anfavea lembra ainda o recém-anunciado Plano Safra 2020/2021 como um ingrediente a mais para que o campo atravesse melhor a crise em relação a outras atividades da economia. O programa aumentou o valor total em 6,1% em relação ao anterior, para R$ 236,5 bilhões. “É um bom plano para o produtor com recursos suficientes para até junho do ano que vem, quando começa novo ano agrícola.”

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Foto: CNH Industrial/Divulgação

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Publicado por
Décio Costa

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