Controle de estabilidade passou a ser obrigatório em carros nacionais somente este ano
Obrigatório em novos projetos de veículos lançados no Brasil a partir deste ano, o sistema de controle de estabilidade, mais conhecido por ESP, completou 25 anos. A tecnologia, desenvolvida pela Bosch em conjunto com a Daimler-Benz, foi adotada pela primeira vez na Classe S, a linha topo de gama da Mercedes-Benz.
Segundo a Bosch, até 80% dos acidentes por derrapagem podem ser evitados pelo dispositivo, que combina as funções dos sistemas ABS e de controle de tração e se baseia em informações sobre a dinâmica do veículo para detectar se ele segue na direção em que o motorista deseja.
Caso identifique alguma discrepância, passa a atuar sobre as cargas de torque e frenagem em cada roda indidualmente. Para isso, sensores comparam o ângulo de esterço e a trajetória do veículo 25 vezes por segundo.
O desenvolvimento de uma solução que garantisse maior estabilidade aos veículos começou ainda nos anos 80. Mas o trabalho conjunto das duas empresas ganhou corpo mesmo a partir de 1992.
O ESP passou a ser item de série nos carros da Mercedes-Benz em 1997, após o célebre capotamento de um Classe A no “teste do alce”, manobra súbita de desvio de trajetória. Nos anos seguintes, o sistema passou a der oferecido em veículos sofisticados de outras marcas e, posteriormente, em carros mais baratos.
A Bosch afirma já ter produzido mais de 250 milhões de ESP neste quarto de século e que 82% de todos os veículos novos de passeio no mundo são equipados com o dispositivo. Na Europa, é item obrigatório desde 2014.
No Brasil, calcula a empresa, estava presente em 44% dos automóveis vendidos no Brasil no ano passado, taxa que chegará a 100% a partir de 2022, quando também será obrigatório para todos os veículos leves comercializados no mercado nacional.
Foto: Divulgação
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