A queda na produção de veículos no acumulado deste ano, que chega a 41,1%, reflete em grande parte o péssimo desempenho da indústria automotiva brasileira no quesito exportações, visto que o mercado interno caiu em índice menor, exatamente 32,3%.

De janeiro a outubro foram embarcados apenas 207,3 mil unidades, um recuo de 38,6% em relação às 337,5 mil enviadas para outros países no mesmo período do ano passado. Em setembro, com 30.519 embarques, até houve uma melhora em relação a agosto (mais 8,5%), mas no comparativo com o mesmo mês de 2019 a queda foi de 16,7%.

A nova projeção da Anfavea para as exportações em 2020, de uma queda de 34%, até são melhores do que as divulgadas em julho, quando a entidade estimou recuo de 50%, para apenas 200 mil unidades no ano.

Mas de qualquer forma o tombo vai ser grande. A meta agora é chegar a 284 mil embarques, o que representará o pior volume de exportações da indústria, conforme material divulgado nesta quarta-feira, 7, pela entidade que representa as montadoras instaladas no País.

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Segundo o presidente da Anfavea, o mais preocupante nesse tema é a Argentina, o principal comprador dos produtos brasileiros e um mercado que já vinha em crise antes da pandemia. Com relação aos demais países, ele acredita que a recuperação virá em 2021.

As quedas nas exportações este ano são de 34% para a Argentina, 30% para o México, 36% para a Colômbia e 45% para o Chile. Em valor, as exportações recuaram 34% este ano, de US$ 7,6 bilhões nos primeiros nove meses de 2019 para US$ 5 bilhões no acumuado até setembro de 2020.


 

 

Alzira Rodrigues
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