A demanda por caminhões em alta impulsionou o ritmo do chão de fábrica em novembro. No mês passado, a indústria do segmento produziu 11,4 mil unidades, crescimentos de 5,2% sobre outubro, quando foram construídos 10,9 mil caminhões, e de 30,9% na comparação com o mesmo mês de 2019, com 8,7 mil unidades produzidas.

O volume da produção registrado em novembro, de acordo com os dados da Anfavea, se apresentou como o melhor para o mês desde 2014. O resultado, no entanto, não recupera os impactos provocados pelos fechamentos de fábricas ocorridos entre abril e maio para conter o avanço da pandemia. No acumulado do ano até novembro foram produzidos 80,4 mil caminhões ante 107,5 mil anotados um ano antes, uma queda de 25,2%.

Apesar do aumento na produção, a Anfavea alerta para as dificuldades na falta de insumos, peças e componentes nas linhas de montagem. “Há falta de aço, borrachas, termoplásticos, o que impõe um grande desafio para a indústrias e risco de paradas na produção”, revelou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, durante apresentação do balanço mensal do setor automotivo.

Para Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea para veículos pesados, a produção robusta do mês passado indica o esforço da indústria em atender a demanda, mas gargalo enfrentado preocupa. “O desabastecimento de matéria-prima é generalizado em todos os segmentos. Em alguns casos, as entregas de caminhões estão programadas para abri do ano que vem. Embora no segmento de pesados isto seja relativamente normal, em virtude de o transportador programar compras com antecedência.”

A demanda do mercado interno foi o principal motor para o aumento de produção, em alta de 15,6% em novembro sobre outubro, para 9,1 mil caminhões. Mas as exportações, embora tenham registrado um pequeno recuo de 3,3% em novembro em relação ao mês anterior, com 1,4 mil unidades embarcadas, contribuíram com o ritmo da produção, especialmente os pesados.

Os embarques de modelos da categoria cresceram 9,3%. Foram enviados para outros mercados 787 em novembro contra 720 de outubro. Os caminhões pesados lideram as exportações no ano com 6 mil unidades, alta de 1,6% sobre o volume apurado um ano antes, de 5,9 mil.

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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação

Décio Costa
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