Quem se depara com o painel do EQS dificilmente discordará da Mercedes-Benz  que nomeia, sem falsa modéstia, seu novo carro de “primeiro veículo elétrico de luxo”. Exceção feita a dois difusores de ar nas extremidades, quase todo ele é tomado por três telas revestidas por uma única face de vidro. Nesta quinta-feira, 15, a marca alemã apresentou o sedã de 5,2 metros de comprimento com merecida pompa, ainda que em evento virtual.

O modelo será o topo da gama elétrica e ainda rivalizará com o Classe S pelo título de mercedes-Benz mais sofisticado. O preço na Europa, estimado no patamar de € 100 mil, é um bom indicativo do que isso representa em termos de recursos tecnológicos, estilo, desempenho e acabamento.

 

Com uma carroceria de coeficiente aerodinâmico de apenas 0,20 — um recorde entre carros de produção, segundo a montadora —, o novo sedã é o terceiro Mercedes-Benz totalmente elétrico. Antes dele, a marca alemã já fabricava o EQA e EQC, outros dois SUVs. Mas, produzido em Sindelfingen, Alemanha, o EQS é o primeiro a utilizar a plataforma EVA, sigla em inglês para Arquitetura de Veículo Elétrico, exclusiva para o segmento.

A chamada Hyperscreen, de 56 polegadas e item opcional, é mesmo o maior destaque do interior, que, naturalmente, devido ao segmento, já é repleto de sofisticações — estão disponíveis o Head-Up Display com realidade aumentada, difusor de fragrâncias e massageadores nos bancos, por exemplo.

O painel de vidro tem nada menos do que 1,4 metro de largura e incorpora quadro de instrumentos de 12,3 polegadas, um multimídia central de 17,7 polegadas e outro específico para o acompanhante da frente de 12,3 polegadas.

A sofisticação técnica também está na propulsão e segurança dinâmica. Há versões com tração traseira ou integral, com baterias de 90 kWh e 107,8 kWh. O EQS pode rodar até 770 km e, em carregadores rápidos de 200 kW, necessita de apenas 15 minutos para ter autonomia de 300 quilômetros.

Na versão EQS 450+, com bateria de 107,8 kWh, o motor único traseiro desenvolve o equivalente a 333 cavalos. Já na EQS 580 4Matic, também com bateria mais parruda, os dois motores oferecerem 523 cv e tração nas quatro rodas. Para sair da imobilidade e chegar a 100 km/h, as duas versões precisam de 6,2 segundos e 4,3 segundos, respectivamente. A velocidade máxima é  imitada eletronicamente em 210 km/h.

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A suspensão é a ar e ativa. Baixa 10 mm quando o carro chega a 120 km/h e outros 10 mm a 160 km/h. em contrapartida, levanta o carro em 25 mm em situações de velocidade reduzida e obstáculos. O eixo traseiro é direcional e gira as rodas em até 4,5 graus.

“O EQS foi projetado para superar as expectativas até mesmo de nossos clientes mais exigentes. Isso é exatamente o que uma Mercedes deve fazer para merecer a letra ‘S’ em seu nome”, afirmou Ola Källenius, CEO da montadora. Não dá pra duvidar.


Foto: Divulgação

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