Com forte atuação no mercado de agronegócio e construção, a CNH Industrial tem investido em aumento de capacidade e contratações para ampliar produção e, mesmo assim, não tem conseguido atender a forte demanda por alguns de seus produtos, principalmente tratores.

De outubro até agora a empresa admitiu cerca de 1.900 funcionários temporários, dos quais 526 na fábrica da New Holland Agriculture, em Curitiba, PR, e outros 750 na unidade da Iveco em Sete Lagoas, MG. Com total próximo de 9 mil empregados atualmente, o incremento na mão de obra foi da ordem de 25%

Com 10 fábricas na América do Sul, sendo outras duas em Sete Lagoas, uma em Contagem, MG, duas no interior paulista (Sorocaba e Piracicaba) e mais três em Córdoba, na Argentina, a CNH Industrial tem contratado em praticamente todas as suas operações. Além das marcas Iveco e New Holland (máquinas agrícolas e de construção), o grupo também abrange a Case, que atua nesses mesmos dois segmentos, e a FPT Industrial, fabricante de motores.

Durante o lançamento dos novos tratores T8 e T9 na quinta-feira, 20, o vice-presidente da New Holland Agriculture para a América do Sul, Rafael Miotto, comentou que a empresa está acelerando investimentos no Brasil e Córdoba para ampliação de equipe e de capacidade.

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Assim como todo o setor automotivo, a CNH Industrial enfrenta problemas com falta de peças e matérias-primas, principalmente aço, o que dificulta expandir a oferta para atender a crescente demanda por produtos ligados ao agronegócio. Segundo revelou Miotto, toda a produção programada para este ano dos tratores lançados esta semana já está totalmente vendida.

A New Holland Agriculture opera bem próxima de sua capacidade, o que também acontece nas empresas fornecedoras, segundo informou Claudio Henrique Brizon, diretor de compras da CNH Industrial para América do Sul durante evento de premiação dos fornecedores das empresas que compõem o grupo realizado em formato online no dia 11 deste mês.

Na ocasião, o presidente da CNH Industrial para a América do Sul, Vilmar Fistarol, chegou a alertar os fornecedores sobre a necessidade de revisarem investimentos e começarem a pensar em aumento da capacidade produtiva para se adequarem à demanda crescente nos diferentes segmentos de atuação da empresa.

Um dado que deixa claro os esforços da CNH Industrial para atender o crescimento da demanda por seus produtos é a previsão de um crescimento de 30% a 40% no volume de compras do grupo, que deve ficar entre US$ 1,3 bilhão a US$ 1,5 bilhão, ante total de US$ 1 bilhão do ano passado.

Quando forneceu esse dado, Brizon destacou que a companhia vem realizando reuniões diárias internas para planejamento da produção e encontros mensais online com a base fornecedora para avaliar gargalos e buscar soluções pontuais para evitar a saída de produtos incompletos da linha.


Foto: Divulgação/New Holland Agriculture

Alzira Rodrigues
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