Estudo capitaneado pelo Boston Consulting Group (BCG) dimensiona o desafio que a indústria global de veículos tem no colo com a falta de semicondutores nas linhas de montagem. De acordo com o levantamento, a produção corre risco de registrar uma perda de 5 milhões a 7 milhões de unidades em 2021.

Ao considerar o volume produzido no mundo no ano passado, de 77,6 milhões de unidades, segundo dados da Oica, a indústria registrará queda na produção entre 6,4% e 9%. Se assim for, as fabricantes carregarão um segundo exercício consecutivo em queda, depois de a produção cair 15% em 2020 sobre o ano anterior.

Parte documento revelado pela Anfavea durante apresentação do balanço do setor no primeiro semestre, na quarta-feira, 7, mostra que somente na primeira metade do ano, mais de 3,6 milhões de veículos deixaram de ser produzidos, dos quais 1,4 milhões apenas nos primeiros três meses.

De acordo com análise de Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea, o impacto a pandemia desorganizou as demandas na cadeia global de suprimentos.

Ao mesmo tempo em que ocorreram fechamentos temporários de fábrica de veículos como medida de segurança para conter o contágio da covid-19, também outros setores, de telefones e computadores aos eletrodomésticos, viram as demandas por produtos aumentarem de maneira acelerada e repentina. “Agora, com a retomada, falta semicondutores para todo mundo.”

O fato é que o problema ainda está longe de ter solução. Pelas estimativas apontadas pelo estudo do BCG, o ambiente só deverá encontrar alguma estabilidade somente a partir do segundo semestre de 2022.

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Décio Costa
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