Da mesma forma que favoreceu as vendas no varejo de veículos duas rodas, o aumento do delivey durante a pandemia também aumentou a procura pelo aluguel de motos no País. Levantamento divulgado pela Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, nesta quinta-feira, 3, mostra que a frota de motos saltou de 8.093 para 46.480 em dois anos, entre dezembro de 2019 e o mesmo mês do ano passado.

Uma alta de 474% desde que a Covid-19 chegou ao Brasil, um número de veículos na frota quase seis vezes maior em dois anos. Os dados da Abla, que contemplam informações do Serpro, Serviço Federal de Processamento de Dados, revelam a aquisição pelas locadoras, só em 2021, de 19.393 unidades, a maior compra anual desse tipo de veículo da história do setor.

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Paulo Miguel Junior, conselheiro gestor da Abla, comenta que a locação de motos, , durante a pandemia, “deixou de ser apenas uma tendência para se transformar numa realidade”. Além de pessoas e empresas que trabalham com delivery, também usuários que procuram a experiência de pilotar motos de alta cilindrada, para lazer ou viagens, muitas vezes optam pelo aluguel. Nesse segmento, a montadora líder de vendas para locadoras no ano passado foi a BMW, com 388 unidades.

Os produtos predominantes, no entanto, com 90% de participação nas commpras das locadoras, são os modelos de baixa cilindrada. Nesse segmento, a Honda, com 16.793 unidades, liderou com folga as vendas para locadoras no ano passado, seguida pelas motos da Yamaha (1.531).

Dentre as vantagens do aluguel, Paulo Miguel destaca o fato de o usuário deixar de ter custo e trabalho com manutenção, documentação, seguro e outras despesas e responsabilidades.

Gerente de marketing da locadora Roxmoto, Evelyn Lima confirma que a procura continua em alta no segmento de luxo, que é o principal foco da empresa. “Nosso faturamento subiu  92% em um ano e encerramos o ano passado com 659 contratos”.


Foto: Divulgação/Abla

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