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Marcopolo enxerga sinais da recuperação do mercado

Crescimento na produção nos últimos meses aponta movimento da volta da demanda por ônibus

Aumento na produção de ônibus perto de 37% registrado pela Marcopolo nos três últimos meses de 2021 em relação ao terceiro trimestre, de 2,3 mil unidades para pouco mais de 3 mil, faz a empresa estimar que o pior dos impactos provocados pela pandemia no transporte de passageiros começa a ficar para trás.

“Para este ano, acreditamos em uma melhora da performance, com o arrefecimento da pandemia em diversos mercados e crescimento de volumes em todos os segmentos”, avalia em nota José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo, por ocasião a divulgação dos resultados de 2021 da empresa.

No ano passado, a encarroçadora de Caxias do Sul (RS) produziu 11,2 mil ônibus, volume 8,8% inferior na comparação com o acumulado de 2020, de 12,3 mil unidades. Do total, 2,4 mil unidades (21,8%) representaram a produção de operações externas da empresa, em alta de quase 60%.

Com as exceções das unidades da China e Austrália, que anotaram quedas de 11,8% e 26,7%, para 30 e 275 ônibus, respectivamente, todas as outras fábricas do exterior da companhia ampliaram produção no ano passado. Na Argentina, o crescimento foi de 263,4% com 843 unidades; No México, o acumulado de pouco mais de 1 mil unidades representou alta de 46,8%. Por fim, na África do Sul, o aumento foi de 41,2%, para 240 ônibus.

No Brasil, a fábrica de Caxias montou o ano passado 7,3 mil unidades para o mercado interno ante 8,9 mil apuradas em 2020, uma retração de 18,2%. Por sua vez, a produção destinada às exportações somou 1,4 mil ônibus no passado, recuo de 20% em relação às 1,8 mil unidades embarcadas no ano anterior.

A empresa destaca a demanda no segmento de micro-ônibus, o que contribui com o bom desempenho da Volare. No ano passado, a produção da marca cresceu 40,8% para 3,4 mil unidades.

Como já consagrada, a Marcopolo encerrou 2021 na liderança do mercado nacional, mas com uma perda de participação perto de 2 pontos porcentuais, de 58,7%, ao fim de 2020, para 56,9%. A empresa atribuiu o recuo em virtude do menor número de entregas de ônibus urbanos direcionados ao Caminho da Escola, de 1,5 mil unidades, além da queda no volume das exportações. A fabricante, no entanto, já tem para 2022 pedidos de mais 3,5 mil ônibus para o programa de transporte escolar do governo.

Diante do desempenho demonstrado em 2021, o lucro líquido da Marcopolo alcançou R$ 358,4 milhões, com margem líquida de 10,2% ante R$ 90,7 milhões e 2,5% obtidos em 2020. O EBITDA chegou a R$ 333,5 milhões com margem de 9,5%, contra R$ 268,5 milhões e margem de 7,5% em 2020. Segundo a empresa, os resultados foram, em grande parte, beneficiados por eventos extraordinários.

“A companhia projeta um crescimento das vendas e uma melhora do mercado nacional e internacional, além de novas entregas para o programa Caminho da Escola este ano. Acreditamos também que o sucesso do lançamento da Geração 8 contribuirá positivamente com os resultados em 2022”, ressalta Valiati.

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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