Na manhã desta sexta-feira, 6, os metalúrgicos da fábrica da Renault em São José dos Pinhais, PR  decidiram iniciar greve por tempo indeterminado. Segundo o SMC, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba SMC, “a paralisação na linha de produção é uma resposta principalmente à Participação nos Lucros e Resultados, afetada pelos ajustes da montadora nas bases do acordo de flexibilidade e competitividade firmado em 2020”.

A entidade afirma que a montadora hoje conta com 5 mil trabalhadores contra 7 mil  em 2020 — cerca de 2 mil teriam optado pelo programa de  demissão voluntária – e que de lá para cá a velocidade da linha de produção baixou dos 60 veículos por/hora em dois turnos para 52 por hora e 27 por hora em turno e meio.

Esse quadro, defendem os trabalhadores, dificulta o cumprimento da metas acordad  para a PLR de 198 mil veículos produzidos em um ano. “Mesmo atingida essa produção, o valor total projetado da PLR (R$ 15.400,00) está fora da realidade de negócio da empresa, que aumentou o preço do carro em mais de 30% em 2 anos.”

“O objetivo do acordo era de manter os empregos e aumentar a competitividade da montadora. A empresa atingiu os seus objetivos, mas, por outro lado, não manteve emprego, reduziu direitos, salários e PLR”,  diz Sérgio Butka, presidente do sindicato, que se diz  aberto ao diálogo.

Uma nova assembleia, de qualquer forma, está prevista para segunda-feira, 9. A Renault se manisfestou por meio de nota oficial:

“A Renault do Brasil informa que o Acordo Coletivo de Trabalho, aprovado em assembleia promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, em 11 de agosto de 2020, tem duração de quatro anos, com vigência de setembro de 2020 a agosto de 2024.
A Renault tem cumprido com o acordo coletivo, em sua totalidade, e está aberta ao diálogo. No dia 3 de maio a empresa propôs um calendário de reuniões com o Sindicato, com início previsto em 9 de maio.”

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Foto: Divulgação

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