Apesar da retração das vendas de veículos no mercado argentino, as exportações de autopeças brasileiras para o país vizinho registram expressivo crescimento de 45% no acumulado dos primeiros sete meses deste ano, superando US$ 1,6 bilhão até julho, ante total de US$ 1,1 bilhão no mesmo período de 2021.

Com tal desempenho, a Argentina segue liderando o ranking dos principais mercados compradores das peças aqui produzidas, com participação de 35,8% no total exportado. Dois outros países da América do Sul – Colômbia e Chile – também resitram altas expressivas de compras no Brasil, respectivamente de 61,3% e 34,%, com totais este ano, pela ordem, de US$ 163 milhões e US$ 155 milhões.

Esses dois mercados ocupam a quinta e sexta colocações no referido ranking. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com US$ 724 milhões, mais 5,7%. A terceira posição é ocupada pelao México (US$ 409,3 milhões, mais 1,25%) e a quarta pela Alemanha (US$ 331  milhões, mais 26,6%).

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Ao contrário do que ocorreu no ano passado e início do atual, quando as importações cresciam mais do que as exportações, agora está ocorrendo o inverso. Tanto é as vendas externas, no acumulado de sete meses, registram expansão de 19,7%, enquanto as importações, no mesmo comparativo, ampliaram-se em 17,4%.

Foram exportados US$ 4,5 bilhões até julho, ante os US$ 3,77 bilhões de idêntico período de 2021. As importações totalizaram, respectivamente, US$ 11,4 bilhões e US$ 9,7 bilhões. Com isso, o déficit comercial no ano atingiu US$ 6,9 bilhões, variação positiva de 15,7% em relação aos primeiros sete meses do anopassado. Esse índice, que superou 50% no primeiro trimestre, vem caindo mês a mês.

De acordo com dados divulgados pela Sindipeças em seu site, as exportações em julho, da ordem de US$ 705 milhões, tiveram  alta de 28,7¨sobre o mesmo mês do ano passado. No caso das importações, com US$ 1,7 bilhão em julho, essa expansão foi de apenas 8,5%.

No ranking dos países que mais mandam autopeças para o Brasil, a China lidera no acumulado do ano, com US$ 1,8 bilhão, valor 16,8% superior ao registrado nos primeiros sete meses de 2021 (US$ 1,54 bilhão). Na sequência vêm Estados Unidos (US$ 1,36 bilhõa, mais 29,%), e Alemanha (US$ 1,39 bilhão, alta de 9,7%.

Pelas projeções divulgados pelo Sindipeças em julho, 2022 deve ser encerrado com déficit comercial no setor da ordem de US$ 11,2 bilhões, valor 6,8% superior ao de 2021. Com relação ao ano que vem, há uma expectativa de que as exportações continuem crescendo mais do que as importações. Se concretizada as previsões da entidade, o déficit comercial cairá 22,1% em 2023 sobre 2022, ficando em US$ 8,73 bilhões.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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