Originalmente chamado de Volkwagen Sedan, o mais carismático modelo da marca alemã só ganhou oficialmente o nome de Fusca em 1983. Criado pelo professor Ferdinand Porsche, marcou o início das operações da empresa no Brasil a partir da sua montagem em um galpão no bairro do Ipiranga, na capital paulista, em 1953. Sua produção na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, foi iniciada em 1986.

Seu sucesso no País foi tão grande que foi criada uma data, o Dia Nacional do Fusca, em 20 de janeiro, exclusivamente para homenageá-lo. Desde então a Volkwswagen celebra a data e, neste ano, recebe membros do Fusca Clube do Brasil e Fusca Club ABC, para mostrar detalhes de três unidades do modelo que compõem seu acervo de clássicos.

A exposição acontece na Garagem VW – parte II, recém-inaugurada no complexo do ABC paulista, onde estão modelos dos anos de 1986, 1993 e 1996.

“A oportunidade de gerenciar um acervo de veículos clássicos traz um misto de desafio, ao preservar essa história pelos próximos anos, e também de muita nostalgia, por poder viver cada produto, pensando em como aquela unidade marcou a indústria do País”, diz André Drigo, gerente executivo do Desenvolvimento do Produto.

Dentre as curiosidades em torno do modelo, a empresa destaca a introdução de uma barra estabilizadora para o eixo dianteiro a partir da produção em São Bernardo, quando seu índice de nacionalização era de 54%. No primeiro ano de produção foram emplacadas 8.406 unidades, volume que superou 31 mil em 1962, quando já era líder do mercado, posição que manteve por 23 anos.

A sua primeira fase de produção local durou até 1986, sendo desta data um dos modelos em exposição no Garagem VW. É um Fusca vermelho equipado com motor 1.600 cm³ a álcool. A outra raridade é de 1993, quando o sedan voltou a ser fabricado a pedido do então presidente Itamar Franco, que via na retomada da produção um caminho para a geração de empregos e um estímulo econômico.

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O terceiro modelo na mostra e de 1996, quando novamente o Fusca deixou de ser produzido no Brasil, desta vez definitivamente. Para marcar sua aposentadoria, a Volkswagen criou a Série Ouro: 1.368 exemplares diferenciados dos demais Fuscas “Itamar” por faróis auxiliares, lanternas escurecidas, logotipo nas laterais e a plaqueta “Fusca”, na tampa do motor, em dourado. No interior, bancos com revestimento de Pointer GTI, volante de Gol, painel com fundo branco e vidros verdes.

Encerrada a Série Ouro, outros três exemplares foram convertidos em conversíveis pela Sulam, transformadora de veículos fundada em 1973. O último desses, chassi número 9BWZZZ113TP006623, pertence ao acervo histórico da Volkswagen do Brasil. Pintado na cor branca, com capota preta, o Fusca conversível do acervo traz o 1600 cm³ a gasolina, com motor injetado para o mercado mexicano.


Foto: Divulgação/VW

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