Após comemorar bons resultados ao longo de todo o ano passado, o segmento de máquinas agrícolas inicia 2023 com números em queda. O balanço de janeiro, quando foram comercializadas 3.453 unidades, indica recuo de 13,9% em relação ao mesmo mês de 2022, quando houve pouco mais de 4 mil transações. No comparativo com dezembro (6.053 negócios fechados), o decréscimo chega a 43%

Os números foram revelados pela Anfavea na segunda-feira, 6. O atraso de um mês na divulgação do balanço de máquinas agrícolas e também rodoviárias decorre do fato de esses produtos não serem emplacados, como acontece com automóveis, caminhões e afins. Por isso os números de fevereiro ainda não foram contabilizados.

Parte da queda no mercado de tratores, colheitadeiras e demais equipamentos do gênero deve-se a questões sazonais, visto que o primeiro mês de todo o ano é mais fraco que os demais. Mas a falta de recursos com taxas equalizadas, especialmente para os pequenos e médios produtores, foi decisiva para reduzir o ritmo das vendas no segmento neste começo de 2023, conforme comentou Alexandre Bernardes, vice-presidente da Anfavea responsável pela área.

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Já no caso das máquinas rodoviárias, mais ligadas aos investimentos em infraestrutura, as vendas atingiram 2.430 unidades em fevreiro, aumento de 14,1% sobre o primeiro mês de 2022. Bernardes também comentou que tanto no caso das máquinas agrícolas como no das rodoviárias, houve desaquecimento nas vendas externas “por causa do mercado argentino., que reduziu suas compras de produtos brasileiros”.

Com relação ao balanço do setor automotivo como um todo neste início de ano, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima LEite, comentou que, apesar de estar alinhado como as projeções de volumes para 2023, “o desempenho do primeiro bimestre, limitado pelas condições de crédito e oferta de suprimentos, reforça a necessidade de promover o reaquecimento do mercado e as cadeias locais de produção”.


Foto: Divulgação/New Holland

Alzira Rodrigues
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