A Ford continua evitando dar informações mais detalhadas sobre as negociações em curso para a venda das fábricas de automóveis de Camaçari, BA, e do município de Horizonte, no Ceará, onde era produzido o Troller. O vice-presidente da empresa para a América do Sul, Rogelio Golfarb, garante que o martelo não foi batido em nenhum dos dois casos, embora recorrentemente saiam informações sobre a conclusão do negócio do complexo baiano com a chinesa Byd.

“São negociações complexas, ambas sem prazo previsto de conclusão”, comentou o executivo, deixando claro que nada foi definido com a Byd ou qualquer outra empresa interessada em alguma das duas fábricas. Com relação à Troller, Golfarb admitiu que, nesse caso, os interessados são grupos brasileiros. Não revelou quais, mas admitiu conversas com mais de uma empresa.

As negociações para a venda da fábrica cearense da Troller foram confirmadas em meados de dezembro pelo presidente da Ford na América do Sul, Daniel Justo, que na ocasião limitou-se a dizer que havia conversas em andamento com relação à unidade industrial cearense, assim como com interessados no complexo de Camaçari, BA.

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Após o fechamento da planta da Troller em setembro de 2021, quando saíram das linhas de montagem as últimas unidades dos modelos T4 e TX4, a Ford deixou claro que não pretendia vender a marca, mas apenas os seus ativos, incluindo terreno, instalações, equipamentos e ferramentas, mesmo modelo adotado para as unidades de Camaçari e Taubaté, no interior paulista.

Vale lembrar que a Troller — marca brasileira criada no Ceará em 1997 que, apesar de clientes cativos e fãs por todo o País, não resistiu à concorrência das multinacionais — acabou sendo vendida para a Ford no final de 2007.


Foto: Divulgação/Ford

 

Alzira Rodrigues
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