Apesar de persistirem as dificuldades para obtenção de crédito, o mercado de motocicletas segue aquecido este ano. As vendas atingiram 146 mil unidades em março, o que representou alta de 45% sobre fevereiro, quando houve 110,6 mil emplacamentos, e de 32,6% no comparativo com idêntico mês do ano passado (110 mil licenciamentos).

No acumulado do trimestre já são mais de 357 mil motos comercializadas, volume 30% superior ao dos primeiros três meses de 2022, que foi de 274,7 mil unidades. Com oferta abaixo da demanda ao longo de todo o ano passado e também no início de 2023, a indústria de veículos de duas rodas vem acelerando produção para garantir abastecimento adequado do varejo.

De acordo com o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, o estoque está atualmente em ponto de equilíbrio. Na virada do ano, havia fila de espera de pelo menos 60 dias para os modelos de menor cilindrada, os de maior demanda interna.

“Entendo que o estoque atual está conseguindo suprir a demanda de mercado”, comentou o executivo. “Os compradores têm buscado alternativas de crédito nas transações, como o consórcio, visto que apenas 30% nas propostas no âmbito do CDC (Crédito Direto ao Consumidor) estão sendo aprovadas pelos bancos”.

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A Fenabrave também divulgou esta semana balanço das vendas de motocicletas eletrificadas. Com expansão de mais de 30% no acumulado do trimestre, o segmento vem ganhando espaço no mercado. Foram comercializadas 2.116  unidades, contra 1.617 unidades em igual período de 2022. Em março, foram emplacadas 1.021 motos elétricas, o que significou aumento de 83,3% sobre fevereiro e de 55,88% sobre idêntico mês do ano passado.


Foto: Divulgação/Honda

Alzira Rodrigues
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