Definido pelo presidente Márcio de Lima Leite como “histórico”, acontece no próximo dia 14 de junho, uma quarta-feira, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, um grande evento sobre mobilidade elétrica. O público alvo, de acordo com o executivo, são os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de universidades e o setor privado.

Haverá painéis de debates sobre experiências internacionais da mobilidade elétrica veicular, produção local de veículos elétricos e baterias, cadeia de fornecimento de peças, componentes e tecnologia, infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia e novas tecnologias e materiais usados na eletrificação.

Cinquenta veículos elétricos serão expostos no local (veja concepção artística na foto acima), entre leves, pesados e inclusive máquinas agrícolas, além de componentes para modelos do gênero. O anúncio do evento denominado “Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil”, foi feito na segunda-feira, 8, durante divulgação do balanço do setor em abril e no quadrimestre.

O mercado de elétricos ainda é incipiente internamente, mas vem crescendo nos ultimos anos a partir, principalmente, de lançamento de marcas importadas premium. Foram comercializados no primeiro quadrimestre total de 2.532 elétricos, o que representou alta de 44,5% sobre os 1.752 emplacados no mesmo período de 2022.

No caso dos híbridos, que conta com duas marcas montando veículos no Brasil, a Toyota e a Caoa Chery, o crescimento é de 51,4%, de 11,2 mil para 17 mil no mesmo comparativo. Somando todos os eletrificados, a participação no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves subiu de 2,5% para 3,3%.

“O evento do dia 14 de junho, em Brasília, vai apresentar a visão das montadoras, da Anfavea, sobre a eletrificação”, comentou o presidente da entidade, lembrando que as mesmas marcas que investem em outros países na eletrificação estão aqui no Brasil e têm projetos em diversas áreas, inclusive nos que visam à descarbonização.

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Na sua avaliação, é fundamental o Brasil conhecer o que acontece lá fora em termos de intraestrutura nessa área, quais são os avanços e quais são os gargalos. “Precisamos avaliar a visão europeria, asiática, norte-americana e inclusive a da América do Sul para que possamos acelerar o processo de infraestrutura no Brasil”, concluiu Leite.

Vale lembrar que algumas montadoras, como Stellantis e Volkswagen, estão investindo em centro de P&D de modelos híbridos a etanol, a fim de desenvolver fornecedores locais para fabricação de veículos do gênero. Outras, em especial a General Motors, planejam ir direto para o automóvel 100% elétrico.


Foto: Divulgação/Anfavea

Alzira Rodrigues
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