O fim da alíquota zero do imposto de importação para veículos 100 % elétricos está com os dias contados. Ao menos é isso que prevê João Henrique de Oliveira, presidente da Abeifa, que espera por alterações nas regras no segundo semestre.

“Como esperado, em algum momento a tributação voltaria. E não somos contra. Mesmo que ainda pequeno, o alívio no imposto ajudou a construir um mercado de eletrificados, bem como elevar patamar tecnológico. A discussão de hoje é o valor da alíquota a ser definida.”

O dirigente defende a volta da tributação de maneira gradual até um teto que, também, deveria ser reconsiderado. “Nosso pedido ao governo prevê aumentos de 2% ao ano para modelos 100% elétricos e de 7% para os híbridos. Mas entendemos que não seria saudável chegar aos 35%, como são tarifados os importados com motor a combustão, pois inviabilizaria eventual plano de produção de elétricos no País.

A proposta, de acordo como Oliveira, seria aplicar regras da Tarifa Externa Comum (TEC) como adotada pelo bloco dos países do Mercosul, de 20%.

A isentar imposto de importação sobre elétricos e aliviar a carga em relação aos híbridos – hoje, tarifados entre 4% e 7% de acordo com eficiência energética -, o governo atendeu montadoras e importadores com objetivo de formar mercado de eletrificados.

No ano passado, as vendas de elétricos e híbridos somaram 49,2 mil unidades, volume 40,8% acima dos emplacamentos de 2021, de 34,9 mil, mas que representou apenas 2% do mercado total de automóveis e comerciais. Para 2023, a estimativa é de 70 mil eletrificados, como espera a Abeifa, que responde por volta de 50% das importações de elétricos e híbridos.

LEIA MAIS

→Em junho, o “dia D” na batalha entre elétricos e híbridos no Brasil

→Anfavea questiona alíquota zero para importação dos elétricos


Foto: Abeifa/Divulgação

Décio Costa
ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!