O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, elogiou a reunião desta quinta-feira, 25, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo ter sido uma excelente oportunidade para debater a necessária retomada do setor automotivo brasileiro. Assim como a Fenabrave, também a entidade das montadoras apoia a redução de impostos que pode tornar possível a oferta de modelos 0 km com preço abaixo de R$ 60 mil.

A questão em debate agora é o prazo de validade dos incentivos fiscais. “Nós estamos defendendo que seja de pelo menos 12 meses”, informou Lima Leite. “Entendemos que a Fazenda tem de analisar a renúncia fiscal e definir o prazo, o que está previsto para os próximos 15 dias. Mas colocamos como ideal o período de um ano para que as montadoras possam avaliar investimentos”, comentou o executivo.

Como nem todas as marcas têm hoje um carro de entrada, as medidas anunciadas hoje podem gerar interesse no desenvolvimento de produtos ou mesmo versões mais baratas. O presidente da Anfavea lembrou que a indústria está investindo R$ 50 bilhões no Brasil em um momento no qual opera com apenas 50% da sua capacidade instalada.

Informou que já houve 14 paralisações de fábricas este ano, algumas em função da retração nas vendas internas. Também abordou a questão do envelhecimento da frota brasileira de veículos, destacando o fato de um veículo usado emitir 23 vezes mais poluentes do que os produzidos atualmente.

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O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., por sua vez, emitiu a nota no final da tarde desta quinta-feira, 25, dizendo considerar positivas as medidas relacionadas ao setor automotivo anunciadas pelo governo. Destacou, contudo, que ainda existem pontos a serem definidos, “que nos permitirão uma melhor análise”:

“Pelo que foi tratado e anunciado até o momento, a Fenabrave acredita que uma provável redução dos preços dos carros, a patamares abaixo de R$ 60 mil, se atrelada a um crédito mais farto e barato, possa alcançar os consumidores que hoje estão fora da faixa de consumo de automóveis 0 km. No entanto, não se pode fazer projeções e estimativas de volumes e porcentuais, sem antes ter conhecimento do decreto a ser publicado em até quinze dias e sua efetiva aplicabilidade pelas montadoras”.


Foto: Divulgação/Anfavea

Alzira Rodrigues
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