Iniciado em 6 de junho para durar até quatro meses, o programa do carro mais barato chegou ao fim nesta sexta-feira, 7, com a liberação de R$ 800 milhões em recursos para uso das montadoras, na forma de créditos tributários convertidos em descontos ao consumidor.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente e titular do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços, Geraldo Alckmin, revelando estimativa de que 125 mil automóveis e comerciais leves tenham sido comercializadas com abatimento de R$ 2 mil a R$ 8 mil: “Só para pessoas físicas, no contexto dos R$ 500 milhões anunciados inicialmente, foram vendidos 95 mil veículos”.
Importante lembrar que apesar de a liberação de verbas ter sido encerrada, as concessionárias ainda têm estoque de produtos faturados pelas montadoras com os devidos abatimentos.
Conforme a Anfavea havia previsto no dia da sua publicação, o programa de incentivo à compra de carros novos com preço até R$ 120 mil, definido pela MP 1.175, durou apenas um mês. A medida provisória também contempla caminhões e ônibus, cujos recursos seguem disponíveis para as montadoras interessadas.
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Na avaliação do ministro, o pacote referente aos veículos leves facilitou o acesso da população aos modelos 0 km, dando novo fôlego à cadeia automotiva, que emprega 1,2 milhão de pessoas. Ele explicou que dos R$ 800 milhões disponíveis, R$ 150 milhões irão compensar a perda de arrecadação de impostos decorrente dos descontos no preço final, conforme determina a MP 1.175.
Alckmin fez questão de ressaltar o caráter emergencial do programa, lembrando que o governo trabalha também em medidas estruturantes para aumentar a produtividade e a competitividade da indústria, citando, de um lado, a redução da taxa de juros e, de outro, a aprovação da Reforma Tributária.
Os créditos por montadora, com base nos pedidos e relatórios entregues ao MDIC, ficaram assim divididos: Stellantis, R$ 310 milhões; Volkswageb, R$ 100 milhões; Renaut, R$ 90 milhões; Hyundai, R$ 80 milhões; GM, R$ 50 milhões, Nissan e Toyota, R$ 20 milhões cada; e Honda, R$ 10 milhões.
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