Em contraste com o crescimento de 13,1% nas vendas de veículos em janeiro sobre o mesmo  mês de 2023, com total de 162 mil emplacamentos entre leves e pesados, a produção ficou estável nesse mesmo comparativo, limitando-se a 153 mil unidades.

O problema é o aumento expressivo da participação dos modelos importados, que atingiu 19,5% neste início de 2024. Nos dois últimos anos esse índice estava em 14,3%.

Também a queda de 43% nas exportações de veículos brasileiros, para apenas 18,8 mil unidades, contribui para que as montadoras não conseguissem iniciar o ano com produção em alta.

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Sobre as compras no exterior, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que janeiro registrou o maior volume de importação para o mês em pauta desde 2014. “De cada dez carros vendidos internamente, dois vêm de fora”, comentou

Os carros eletrificados que vêm de fora têm grande peso nesse aumento das importações, com vendas da ordem de 12 mil unidades no primeiro mês do ano.

“Pode ter sido um movimento atípico. As empresas importaram volume maior em dezembro para ter oferta com imposto zero em janeiro. Temos de monitorar esse movimento a partir de agora, destaca o executivo.

Segundo o presidente da Anfavea, os modelos chineses já representam 25% do mercado de importados. Essa participação era de apenas 2% em 2020. Em contrapartida, a fatia dos modelos argentino no mesmo comparativo baixou de 63% para 50%.

Enquanto as vendas de importados leves teve expressiva alta de 56,3%, de 19,9 mil unidades no primeiro ano de 2023 para 31 mil no mesmo período deste ano, as de nacionais cresceram apenas 9,%, de 110,5 mil para 121,2 mil unidades.


Foto: Divulgação/VW

Alzira Rodrigues
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