A Anfavea emitiu nota nesta quinta-feira, 23, alertando sobre o risco de paralisação da produção de veículos no País devido à escassez crítica de semicondutores, que já afeta a produção em algumas fábricas automotivas na Europa e arrisca prejudicar as operações brasileiras em questão de semanas.

“A nova crise dos chips se deve a disputas geopolíticas intensificadas neste mês, depois que o governo holandês assumiu o controle da Nexperia, subsidiária de um grupo chinês que atua naquele país”, destaca a Anfavea em seu comunicado de hoje, lembrando que, em resposta, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos, o que já afeta montadoras europeias.

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O presidente da entidade, Igor Calvet, diz que, com 1,3 milhão de empregos em jogo em toda a cadeia automotiva, é fundamental que se busque uma solução em um momento já desafiador, marcado por altos juros e desaquecimento da demanda:

“A urgência é evidente, e a mobilização se faz necessária para evitar um colapso na indústria”.

O executivo lembra que um veículo moderno usa, em média, de 1 mil a 3 mil chips e, sem esses componentes, é impossível manter a linha de produção em andamento, como aconteceu na pandemia da Covid-19, quando fabricantes do mundo tiveram a produção afetada por meses.

Calvet conversou por telefone esta semana com Geraldo Alckmin, titular do MDIC e presidente da República em exercício, para alertar sobre o problema e solicitar ao governo federal “para que tome medidas rápidas e decisivas para evitar o desabastecimento de semicondutores no País”.

Ele enfatizou, ainda, que o impacto da falta de semicondutores vai além do setor automotivo, afetando uma gama de segmentos industriais que dependem desses componentes.


 

Alzira Rodrigues
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