A Anfavea informou nesta sexta-feira, 7, que há menos de 20 mil veículos incompletos nos pátios das montadoras que serão entregues às concessionárias neste primeiro trimestre sem contemplar os novos limites de emissão do Proconve L7, que entrou em vigor em 1º de janeiro.

O assunto acabou gerando polêmica porque as montadoras deveriam encerrar a produção dos modelos que não se enquadram nas novas normas em 31 de dezembro, mas o Ibama deu mais três meses para a finalização dos carros que, por falta de compenentes, não tinham como sair das linhas de montagen ou dos pátios das fábricas.

“Foi um problema pontual provocado, principalmente, pela falta de semicondutores que vem afetando o setor mundialmente”, comentou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “Por isso conversamos com os Ministérios da Economia, Meio Ambiente e da Casa Civil para solicitar essa prorrogação de três meses para que os veículos pudessem ser encaminhados para o varejo”.

O Ministério Público chegou a argumentar contra a medida, mas o Ibama acabou publicando instrução normativa no dia 29 de dezembro garantindo a entrega de tais carros até 31 de março. Nela, fica claro que a prorrogação é válida apenas para veículos cuja montagem foi iniciada até 31 de dezembro, “mas que, por motivo de força maior, não pôde ser finalizada em razão da não disponibilidade de componentes específicos’.

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“A instrução foi acorda com os três ministérios e o volume de carros incompletos que não atender a nova legislação de emissões é pequeno”, pontuou o presidente da Anfavea. “Não houve prorrogação da vigência da legislação antiga como chegou a ser cogitado. Apenas se chegou a uma solução para atender as dificuldades de abastecimento de peças que fogem do controle das montadoras”.


 

Alzira Rodrigues
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