Dezembro foi o melhor mês do ano para a indústria automotiva brasileira. As vendas internas superaram 207 mil unidades graças à ação das montadoras de acelerar produção para anteder a ainda reprimida demanda do mercado. Foram produzidos 210,9 mil veículos no mês, 2,5% a mais do que em novembro e volume similar ao de dezembro de 2020.

No acumulado de 2021, a produção chegou a 2.248,3 mil unidades, alta de 11,6% sobre o ano anterior. Com isso, no  o Brasil retomou a oitava colocação perdida no ano anterior para a Espanha no ranking global de fabricantes. Para 2022, a expectativa da Anfavea é de um aumento de 9,4%, com 2,46 milhões de unidades produzidas.

“Houve um grande esfoço das montadoras no sentido de garantir uma oferta maior de produtos neste final de ano”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. “Além de negociações com as matrizes e com fornecedores para garantir o recebimento de mais componentes, principalmente semicondutores, também cresceu a opção por frete aéreo, com uso de helicóteros, em alguns, casos, para as peças chegarem mais rápido nas fábricas”.

O executivo lembrou das paralisações ocorridas ao longo do ano por causa da crise dos semicondutores, que gerou uma perda na produçaõ de 300 mil veículos. Em função desse problema, a indústria ainda não retomou patamares anteriores ao da pandemia, o que também não deve ocorrer este ano.

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Apesar de dezembro ter registrado o maior volume de vendas no ano, o desempenho no mês foi o pior em cinco anos. O acumulado chegou a 2,12 milhões de unidades, apenas 3% acima de 2020, o que manteve o Brasil na sétima colocação do ranking global, por poucas unidades atrás da França. Para este ano, a Anfavea projeta vendas de 2,3 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, uma alta de 8,5% sobre 2021.

Com relação ao nível de emprego, houve ligeira queda de 0,2% em dezembro sobre novembro. Mas o setor fechou o ano com um quadro estável em relação ao final de 2020, com 101,1 mil empregados, apesar do fechamento de algumas fábricas, incluindo as da Ford no início de 2021 e das constantes paradas de produção em função da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem.


Foto: Divulgação/GM

Alzira Rodrigues
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