A qualidade das estradas brasileiras melhorou no último ano. A Pesquisa CNT de Rodovias, levantamento financiado pelo Sest Senat realizado há 30 anos, aponta aumento de trechos em condições boas ou ótimas da malha viária.
O estudo avaliou 114.197 quilômetros de rodovias pavimentadas e identificou ainda redução das vias consideradas ruins ou péssimas.
Pouco mais de 43,3 mil km, 37,9% do total avaliado, estão em ótimas ou boas condições, segundo o estudo. Em 2024, se enquadravam nessa avaliação 33% ou 36,8 mil km.
Os trechos considerados ruins ou péssimos caíram de 26,6%, 29,8 mil km, para 19,1%, 21,8 mil, siginificativa redução de 7,5 pontos percentuais, enquantos os regulares variaram pouco, de 40,4% no ano passado para 43% (49 mil km) em 2025.
Vander Costa, presidente do Sistema Transporte, afirma que os investimentos na infraestrutura propiciaram esse novo cenário:
“Reconhecemos os avanços recentes e os esforços do poder público para ampliar e qualificar a malha rodoviária brasileira. Já é possível perceber uma retomada no ritmo necessário de investimentos, mas é fundamental mantê-lo e ampliar ainda mais os recursos destinados ao setor”.
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O levantamento se baseia nas três principais características da malha rodoviária: pavimento, sinalização e geometria da via. São avaliadas variáveis como condições do pavimento, das placas, do acostamento, de curvas e de pontes.
Este ano, foram avaliados como ótimos 32,5% dos pavimentos, 16,8% da sinalização e 20,8% da geometria. Já péssimos somente 4,5%, 6,4% e 13,2%, respectivamente.
A pesquisa revela ainda redução significativa dos trechos ruins em rodovias concedidas e públicas. Entre as estradas concedidas, apenas 618 km receberam essa classificação em 2025, ante 1,6 mil km no ano passado, queda de 61,6%. Nas rodovias públicas, a redução foi de 23,3%, passando de 21,6 mil km para 16,6 mil km.
“As concessões realizadas em 2025 foram decisivas para melhorar a qualidade das rodovias. Elas trouxeram investimentos em manutenção e modernização, aumentando a segurança e o conforto dos usuários. Esse modelo complementa os esforços do poder público e garante vias melhores”, pondera Costa, que defende a continuidade de investimentos regulares e planejamento de longo prazo.
Foto: Divulgação

