O clima de otimismo reinante nos estandes e corredores da Fenatran 2017 provocado pela expectativa de reaquecimentos dos negócios no segmento de caminhões deve se manter daqui para frente. É unânime a ideia dentre os executivos das montadoras de que a edição da feira deste ano marca o início da recuperação do mercado de veículos de carga.

“O cliente veio à feira para fechar negócio, especialmente o segmento de extrapesados”, avalia Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da MAN Latin America. “Saímos da Fenatran com muita programação de venda para depois. Certamente esta edição marca a virada do segmento de caminhões.”

A retomada parece mesmo estar em andamento. A Ford divulgou resultado em que contabiliza 800 caminhões negociados durante os cinco dias de evento. De acordo com a fabricante, acima das expectativas. “Esse balanço não inclui os contatos iniciados com outros clientes visando a futuras vendas, que trazem um potencial de mais de 1.000 veículos adicionais”, conta João Pimentel, diretor de operações da empresa. “O resultado simboliza o clima de reativação dos negócios que volta a ser observado no País.”

Os números colhidos pela Volvo também falam por si só. Pelos cálculos de Bernardo Fedalto, diretor comercial da montadora, os negócios somaram R$ 600 milhões em veículos, por volta de 1.500 unidades, e outros R$ 300 milhões em vendas de serviços. “A taxa de conversão dos atendimentos, ou seja, o volume de negócios efetivamente realizados, foi de mais de 50%, um número inédito. Recebemos muitos clientes médios e grandes, com interesse em lotes de 20, 30, 40 veículos.”

Embora prefira não revelar os números, Roberto Barral, diretor geral da Scania, também saiu da Fenatran com a impressão de a depressão que atingiu o segmento nos últimos anos ficou no passado. “Estamos bem empolgados pelo que vem pela frente, não só com os produtos que passamos a oferecer, mas com os serviços. Na própria feira, de 80% a 85% dos negócios foram associados a planos de manutenção, especialmente o Flexível.”

Também na Mercedes-Benz as expectativas em relação ao salão foram superadas. De acordo com Roberto Leoncioni, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da fabricante, a marca levou mais de 1 mil clientes de várias regiões do Brasil e da América Latina. “Todas as nossas equipes trabalharam o tempo todo na Fenatran para prestar atendimento exemplar. As inovações da linha de caminhões 2018 chamou muito a atenção. Acreditamos em bons negócios futuros com base no retorno que tivemos durante a feira.”

A expectativa positiva para os próximos meses também se apresenta como um mais um ingrediente no otimismo de Luís Gambim, o diretor de comercial da DAF. “Conseguimos realizar vendas efetivas durante o salão e todos os pedidos feitos são de clientes com alto potencial de compra.”

A Iveco apenas reforça a injeção de ânimo proporcionada pelo evento ao segmento. “O salão trouxe o que não víamos há um bom tempo: gente sentando para fazer negócios”, diz o Maurício Correa, gerente de marketing da fabricante. “O discurso otimista do cliente também nos dá esperança, a de quem precisa dos nossos produtos está deixando a crise para trás.”


Foto: Fenatran/Divulgação

Décio Costa
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