Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br

Com a produção de 259,5 mil unidades, a indústria de motocicletas registrou no primeiro trimestre crescimento de 12,2% e já admite até que poderá rever a projeção para este ano, inicialmente estimada em alta de 5,9%. Há um ano o setor registrava altos estoques em suas redes e hoje há até falta de alguns modelos, principalmente os de entrada, como revela o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian: “Há tempos não começávamos um ano com horizonte tão positivo”.

Ele admite que ainda há algumas incertezas, principalmente em função da eleição presidencial deste ano, mas mostra-se otimista, destacando que o primeiro trimestre deixa o setor confiante para os próximos meses. No mês passado foram fabricadas 94,6 mil motos, avanço de 14,8% sobre março do ano passado e de 13,1% em relação a fevereiro.

De acordo com o presidente da Abraciclo, já não há mais nenhum trabalhador afastado por programas como lay-off e PSE no Polo Industrial de Manaus, AM. “Como o processo de queda nas vendas foi estancado, já há um movimento de contratação entre os fabricantes. Os números ainda são baixos, mas se o mercado continuar reagindo certamente haverá ampliação mais efetiva das contratações no setor”.

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O número de emplacamentos cresceu menos do que a produção, 4% no trimestre, com total de 219,3 mil emplacamentos este ano. O índice é inferior ao da produção, segundo o presidente da Abraciclo, porque a concentração dos fabricantes em Manaus gera um período de pelo menos 15 dias para o transporte da moto até a concessionária.

“A indústria está ampliando a produção para atender a demanda crescente tanto do mercado interno como externo. Acreditamos que a partir deste mês o varejo já indique índices de expansão maior”, comentou Fermanian.

As exportações do setor cresceram 45,4% no trimestre, com total de 23,3 mil veículos embarcados. O principal mercado é a Argentina, que absorveu 18,4 mil unidades.

Com relação ao mercado interno, as vendas à vista estão com desempenho melhor este ano do que as realizadas via CDC, Crédito Direto ao Consumidor. Elas cresceram 11,8% no trimestre, atingindo 73,6 mil unidades e participação de 33,6%.

Os negócios financiados, em contrapartida, caíram 7,5%, com 74,5 mil negócios e fatia de 34%. O consórcio respondeu no trimestre por 32,4% das transações no setor, atingindo 60,5 mil entregas, volume 10,3% superior ao do primeiro trimestre de 2017.


Foto: Divulgação/Honda

 

Alzira Rodrigues
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