Volvo Cars: vendas crescem 70% no País de janeiro a abril

Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br

Os executivos da Volvo Cars costumam afirmar que os carros da marca “abraçam”seus ocupantes. Não deixa de ser uma ilustração carregada nas tintas, mas que, de fato, os automóveis da montadora sueca transmitem uma enorme sensação de segurança, isso ninguém pode negar.

E não sem motivos. Se os diversos sistemas eletrônicos de segurança são cada vez mais comuns em todos os segmentos, dando origem a uma complicada “sopa de letrinhas” mesmo nos carros de entrada, o que dizer então de produtos de uma marca premium que se notabiliza — e explora muito bem essa imagem — por produzir veículos seguros há décadas?

Foi em um Volvo que surgiu, por exemplo, o cinto de segurança de três pontos. Isso em 1959!  Hoje ele é algo tão corriqueiro quanto serão os muitos dispositivos que agora compõem carros que no Brasil, devido aos preços elevados por diversos fatores, são acessíveis apenas a uma ínfima parcela dos consumidores.

AutoIndústria avaliou o XC60, utilitário esportivo de porte intermediário na gama Volvo, e constatou que a montadora tem mesmo que reiterar esse perfil histórico de segurança que cultiva desde seus primórdios.

 

É até maçante tentar descrever todos os elementos que estão envolvidos na proteção dos ocupantes ou mesmo de outros veículos e de pedestres. O City Safety, o pacote de assistência de condução, tem recursos — apenas para ficar nos mais destacados — como leitor de faixas, sistema que desvia o veículo para a direita quando percebe a eminência de uma colisão  com o veículo que vem em sentido contrário, piloto automático adaptativo e estacionamento em vagas perpendiculares ou paralelas.

Todos esses dispositivos e mais outros tantos recursos de conforto e segurança já estão presentes também no XC90, SUV maior e mais caro, e em algumas versões do recém-lançado XC-40, agora o utilitário esportivo de entrada da marca.

Não custam pouco em qualquer um dos casos, é verdade. A versão R-Design avaliada, topo do XC60, tem motor  2.0 turbo de 254 cavalos, transmissão automática de oito velocidades, um  conjunto com desempenho digno de carro esportivo.

Com vários modos de condução, escolhidos com um simples rolar de um botão ao lado da alavanca de câmbio, e uma suspensão bem acertada para seu porte e altura, o XC60 entrega prazer de dirigir mesmo em estradas sinuosas ou em vias de terra, ainda que os pneus de perfil baixo e as enormes rodas não sejam os mais adequados para a zona rural.

 

 

A parte menos saborosa do XC60 R-Design:  custa cerca de R$ 270 mil. Ainda assim, pelo que oferece dentro de seu segmento, além do refinado desenho da carroceria e de um acabamento interior irrepreensível, deve sempre ser relacionado como uma alternativa  dentro dessa faixa. E, a julgar pelos últimos números de mercado, o abonado consumidor já percebeu isso.

A Volvo vendeu 895 unidades de seu utilitário esportivo de porte intermediário no primeiro quadrimestre de 2018, 38,9% a mais do que em igual período do ano passado. Sozinho, o XC60 respondeu por mais da metade de tudo que a marca negociou no mercado interno — 1.633 veículos, volume que superou em 70% os emplacamentos acumulados nos quatro primeiros meses de 2017.

A partir de agora a empresa espera também as vendas adicionais do XC40, que acabou de chegar ao mercado e cuja pré-venda somou mais de 1,3 mil unidades.

A expectativa da montadora é emplacar um total de 6 mil veículos no mercado brasileiro em 2018, naturalmente a grande maioria de SUVs, resultado que, se alcançado, será recorde na história da marca aqui.


Foto: Divulgação Volvo

George Guimarães
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