Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br

“O Cronos não é apenas um novo carro. Ele marca o início de um novo tempo para a Fiat”, comentou Herlander Zola, diretor de marca Fiat na América Latina, quando da apresentação do sedã, em fevereiro.

Passados quase quatro meses, no entanto, não se pode dizer que, mesmo com um produto totalmente novo como o Cronos, algo mudou drasticamente para a marca, pelo menos no que diz respeito ao seu desempenho no mercado brasileiro.

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano a Fiat negociou 118,9 mil automóveis e comerciais leves no Brasil,  equivalentes a 12,8% de participação e à terceira posição no ranking das marcas mais vendidas.

Mas quando considerados apenas os veículos de passeio foram 66,4 mil emplacamentos, somente 8,3% e a quinta colocação no segmento  —  marginal 0,1% a mais do que Renault. No mesmo período do ano passado, a Fiat detinha 9,2% no mercado de automóveis.

Evidente que não houve tempo — nem mesmo seria sua obrigação exclusiva — de o Cronos reverter essa queda. Mas não fosse a já boa aceitação inicial do modelo, a Renault já teria superado a Fiat no acumulado do ano.

As vendas do Cronos estão até acima do que  projetou Zola inicialmente para 2018, algo raro de acontecer, já que usualmente os fabricantes gostam de turbinar as expectativas para um novo produto.

A ideia, segundo Zola, era negociar algo entre 25 mil a 30 mil unidades do sedã nos últimos nove meses do ano. Somadas as vendas parciais de março mais as de abril e maio, porém, os emplacamentos esbarraram em 8,2 mil veículos.

AutoIndústria resolveu avaliar a versão de entrada do sedã, responsável por 40% das vendas do modelo até o momento, para descobrir o porquê desses bons números de mercado.

A 1.3 Drive manual dá uma resposta quase imediata: com bom posicionamento de preço no segmento e nível de conteúdo que agrada, o Cronos merece ser sempre considerado por quem procura um sedã compacto.

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Com câmbio manual e um motor que, apesar de seus 109 cavalos, prima mais pela maciez de funcionamento e nível de consumo do que pelo desempenho, a Drive é o que se pode chamar de um ótima relação custo-benefício, em especial para quem precisa de um sedã de rodar confortável e que possua ótimo porta-malas (525 litros) para o dia a dia.

Por R$ 56 mil, o Crono Drive já dispõe de direção elétrica, volante com diversos comandos, computador de bordo no quadro de instrumentos com diversas funções, sistema multimídia com tela sensível ao toque —  sem navegação—, sensor de ré, vidros traseiros elétricos, faróis de neblina, roda de liga leve, dentre outrosequpamentos. Os revestimentos internos agradam, embora não estejam acima da média do mercado.

É uma receita bem arredondada.


Fotos: Divulgação/FCA

 

 

 

 

George Guimarães
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