Indústria

Déficit das autopeças cresce 17% este ano

Saldo negativo chega a US$ 4,8 bilhões em setembro, com exportações na faixa de US$ 5,9 bilhões e US$ 10,7 bilhões em importações

As importações de autopeças registraram em setembro o segundo mês consecutivo de queda, mas no acumulado do ano o crescimento das compras no exterior, na faixa de 12,3%, ainda é maior do que o das exportações, que foi de 8,7%. Diante desses resultados, o déficit comercial do setor chegou a US$ 4,8 bilhões, valor 17% superior ao registrado no mesmo período de 2017,  de US$ 4,1 bilhões.

Balanço divulgado esta semana pelo Sindipeças indicam exportações totais de US$ 5,9 bilhões nos nove primeiros meses e importações na faixa de US$ 10,7 bilhões. Em setembro, particularmente, as importações caíram 8,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, para US$ 1 bilhão. Já as exportações no mesmo comparativo cresceram 4,3%, para US$ 695,3 milhões.

No levantamento do Sindipeças, chama a atenção a forte desaceleração dos negócios com a Argentina. Tradicionalmente o principal mercado da indústria brasileira, o país vizinho reduziu suas compras em setembro pelo terceiro mês consecutivo e pela primeira vez no acumulado do ano as exportações para lá registraram desempenho negativo de 0,5% – US$ 1 bilhão 669 milhões contra US$ 1 bilhão 678 milhões.

Foram exportados no mês passado apenas US$ 153,7 milhões para a Argentina, 28,9% a menos do que os US$ 216,3 milhões de setembro de 2017. Diante dessa queda, os Estados Unidos ocuparam no mês o primeiro lugar como principal comprador da indústria brasileira, com negócios da ordem de US$ 155,9 milhões, 22,4% a mais do que no mesmo mês do ano passado.

LEIA MAIS

Autopeças faturam 20% a mais até agosto

Autopeças brasileiras ganham espaço na América do Norte

Vendas de autopeças para as montadoras avançam 24,4% no ano

Conforme análise do Sindipeças, “o comércio exterior de autopeças brasileiras tem sido influenciado pela crise argentina, a maior localização estimulada pela valorização do dólar e turbulências geradas pela guerra comercial entre EUA e China”.

China, Alemanha e EUA seguem como os principais mercados para as aquisições dos fabricantes de autopeças, com participações de 12,9%, 12,1% e 11,3%, respectivamente.


 

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

De novo, GM demite em São José dos Campos por telegrama

Sindicato calcula o corte de 50 trabalhadores que estavam em licença remunerada

% dias atrás

Fatia de 5 marcas líderes em SUVs encolhe 11 pontos em um ano

A atual primeira colocada Volkswagen tem 15,7% dos licenciamentos. Há um ano Jeep liderava com…

% dias atrás

Mercado de caminhões engata movimento de recuperação

Vendas avançaram 45% em abril em relação há um ano

% dias atrás

Segmento de eletrificados mantém trajetória ascendente

Presidente da Fenabrave reconhe que os elétricos puros vêm se consolidando aos poucos nos grandes…

% dias atrás

O bom momento no mundo das picapes

Com 133 mil emplacamentos no quadrimestre, vendas do segmento cresceram 21,5% este ano

% dias atrás

Marcopolo tem lucro líquido 34,1% maior no primeiro trimestre

Encarroçadora de ônibus contabilizou R$ 316,9 milhões no período. Produção, entretanto, recuou 5,9%.

% dias atrás