As vendas de veículos das fábricas para as concessionárias na Argentina somaram 27,9 mil unidades em maio.  O resultado representa queda de 63,1% sobre o volume negociado no mesmo mês do ano passado e dá bem a noção das dificuldades que o setor vem encontrando ao longo de 2019.

A queda do número de unidades negociadas de janeiro a maio está no mesmo patamar. Os 150,5 mil veículos registrados representam recuo de 58,9% sobre o mesmo período de 2018.

Não à toa governo e montadoras associadas da Adefa, a entidade local equivalente à Anfavea no Brasil, lançaram esta semana o plano Junio 0 Km, uma tentativa pontual de reavivar os negócios nos próximos 30 dias.

Na verdade, trata-se de programa de descontos sobre o preço dos veículos novos. As duas partes garantem redução de 50 mil pesos para carros que custam até 750 mil pesos. Para veículos acima deste valor, o desconto é de 90 mil pesos.

 “Entedemos que, no atual contexto, é importante contar com um plano para melhorar a atividade. Mesmo sendo prematuro estimar os resultados, acredito que nos permitirá mudar as expectativas e, como consequência, gerar maior circulação nas concessionárias”, afirma Luis Fernando Peláez Gamboa, presidente da entidade.

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A industria argentina produziu 30,3 mil veículos no mês passado, 35,3% menos do que no mesmo mês de 2018.  Nos últimos cinco meses, saíram das linhas de montagem somente 137,3 mil unidades, queda de 32,5 %.

Com os péssimos números do mercado interno, a única saída das montadoras para manterem a atividade nas linhas de montagem tem sido os portos. Perto de 65% da produção no período, cerca de 90,3 mil veículos, seguiram para outros mercados, o Brasil especialmente.  Ainda assim, as exportações cresceram somente 1,9% com relação a 2019.


Foto: Pixabay

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