Oano está próximo do fim e se algumas marcas comemoram antecipadamente resultados de mercado ascendentes de seus veículos, outras precisam manter em linha modelos com vendas em forte baixa e  que há tempos deveriam estar aposentadas, mas que seguem no mercado por falta de alternativa imediata.

É o caso do New March, da Nissan. Mesmo considerando que o compacto nunca chegou a ser dos mais populares em vendas, seu desempenho de mercado neste último ano mostra que a montadora japonesa deveria tratar de antecipar o máximo possível a chegada da próxima geração, prevista para estar nas revendas somente em 2021.

Se em 2018, com quase 12 mil unidades, o March foi apenas o 45º automóvel mais vendidos do País, após os onze meses de 2019 ele sumiu da lista da Fenabrave que relaciona os 50 automóveis mais emplacados.

Isso porque acumulou meras 6,3 mil unidades entregues aos consumidores finais, pouco mais da metade das 11,1 mil negociadas em igual período do ano passado. Foi apenas o 9º lugar entre os hatches pequenos, com participação de  0,9% — tinha 2% em 2018.

Prova de que o problema está no modelo é a evolução de seu próprio segmento, o maior e responsável por um terço das vendas nacionais. Os hatchs compactos, aponta a Fenabrave, somaram 549,7 mil unidades negociadas de janeiro a novembro do ano passado e 678,5 mil em igual período de 2019, crescimento da ordem de 23% contra a média de 7% do mercado total.

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A próxima geração do March já está em desenvolvimento há algum tempo e, a exemplo da atual, sairá da fábrica de Resende (RJ), onde também são fabricados o sedã Versa e o utititário esportivo Kicks, responsável por 50 mil dos mais de 86 mil licenciamentos acumulados pela Nissan em 2019.

A expectativa é de que ele seja, pelo menos, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, que ocorrerá em novembro de 2020. É sabido, porém, que não será o mesmo March que já circula por vários mercados mundo afora. A Nissan desenvolve uma produto com características e, principalmente, custos mais aos moldes de países de economias e padrões de consumo menos privilegiados  e que possa ser vendido regionalmente.


Foto: Divulgação/Nissan

George Guimarães
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