Indústria

Manley eleito presidente da associação das montadoras europeias

CEO da FCA assume em janeiro no lugar de Carlos Tavares

O CEO global da FCA, Mike Manley, foi eleito presidente da ACEA, a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis. O mandato é de 1 ano, renovável por mais um, e começa em 1º de janeiro de 2020. Com sede em Bruxelas, Bélgica, a entidade representa 15 fabricantes europeus de automóveis, comerciais leves e caminhões.

A ACEA tem se notabilizado nos últimos anos pelo seu empenho em tentar convencer autoridades europeias dos  riscos econômicos que as exigências ambientais determinadas pelo Parlamento Europeu e por políticas públicas regionais podem representar para o setor.

A entidade tem defendido que, sem flexibilizações dessas regras, os fabricantes serão forçados cada vez mais a  elevar investimentos e, como contrapartida, enxugar custos e estruturas, com consequente crescimento de demissões no setor que gera 13,8 milhões de empregos diretos e indiretos na Europa.

Segundo a ACEA, o setor investe anualmente  € 57,4  bilhões em pesquisa e desenvolvimento. A crescente eletrificação dos automóveis é a mais visível face desses esforços para atender as metas propostas

Manley ocupará a cadeira que há dois anos vinha sendo de Carlos Tavares, CEO do Grupo PSA, curiosamente futuro chefe de Manley na empresa que será criada com a fusão entre o conglomerado francês e a FCA. Os termos finais que determinarão a junção, já aprovada pelos acionistas, estão sendo aguardados para as próximas semanas.

Tavares foi indicado a CEO da nova empresa, que terá John Elkann na presidência do conselho de adminstração. E desde meados de 2018, Manley tem sido exatamente o braço direito de Elkann, que, como herdeiro da família Agnelli, fundadora da Fiat, ocupa a mesma função na FCA.

LEIA MAIS

→Risco de multas bilionárias para montadoras na Europa a partir de 2021

→ FCA e PSA reduzem riscos com a fusão, avalia consultor

O inglês Manley  comandou as marcas Jeep e RAM até  assumir a posição de CEO na FCA, após o falecimento de Sergio Marchionne, executivo que costurou a compra da Chrysler.

Marchionne defendia a tese de que não mais do que meia dúzia de grupos automobilísticos terão relevância mundial no futuro. Assim, não se dava por satisfeito com a empresa que criara e passou os últimos anos tentando fundir a FCA com outro grande conglomerado de alcance global, o que deve ocorrer já ao longo do ano que vem, tendo Tavares, Elkann e Manley no comando.


Foto: Divulgação/FCA

 

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Redação AutoIndústria

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