Com o fechamento do parque industrial de veículos em ação ao combate à pandemia da covid-19, a produção de caminhões em abril anotou apenas 430 unidades, uma queda sem precedente na história de 95,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando das linhas construíram 9,4 mil caminhões. Contra março, afetado a partir da segunda quinzena, o declínio bateu no mesmo patamar: 95,2%.

As acentuadas quedas dos últimos dois meses já comprometem o desempenho do acumulado do ano. No primeiro quadrimestre, as montadoras produziram 25,1 mil caminhões, volume 26,5% inferior ao registrado há um ano, de 34,1 unidades, momento no qual o segmento de caminhões seguia trajetória de crescimento.

Durante apresentação do desempenho do setor automotivo na sexta-feira, 8, da Anfavea, Gustavo Bonini, vice-presidente da associação para veículos pesados, lembra que algumas montadoras já retomaram as atividades no fim de abril, mas que será lenta e gradual.

Necessidade de transporte de carga

“Há uma demanda em alguns setores que mantém em operações, casos do agronegócio, de combustível, de alimentos e químicos, que precisam ser atendidos e renovações pontuais já programadas anteriormente, mas longe de se apresentar como uma retomada.”

De fato, entre o fim de abril e o começo desta semana, Scania, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Iveco, DAF e Volvo já religaram suas linhas de montagem. Falta apenas a Mercedes-Benz, que retoma a produção na segunda-feira, 11.

Ônibus – Da mesma maneira, a produção de chassi de ônibus sofreu impacto tão nocivo quanto na de caminhões. No mês passado, apenas 396 unidades foram montadas contra 2,7 mil anotadas no mesmo mês de 2019, uma retração de 85,8%. No acumulado dos quatro primeiros meses, a queda chegou a 28,5%, de 8,9 mil chassis produzidos há um ano para 6,3 mil até abril.


Foto: Scania/Divulgação

Décio Costa
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