Apesar de registrar queda no acumulado do semestre, o mercado de carros usados reagiu positivamente em junho com relação a maio, totalizando 744.643 unidades, ante as 440.147 do período anterior. O crescimento foi da ordem de 69,2%, com destaque para o mercado de seminovos, aqueles com até 3 anos de uso, que teve expansão de 87,3%, passando de 72,4 mil licenciamentos para 135.664.

Divulgados esta semana pela Fenauto, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, os números indicam que os segmentos dos usados mais velhos reagiram com menor intensidade no mês passado, quando o comércio foi reaberto em vários Estados brasileiros.

Os chamados velhinhos, com mais de 13 anos, envolveram 191,7 mil transações, expansão de 60,5% sobre as 711,2 mil de maio. Os veículos com 9 a 12 anos de usado passaram 97 mil unidades para 160,5 mil, com alta de 65,4%, e os com 4 a 8 anos tiveram vendas ampliadas em 69,7%, passando de 155,8 mil unidades para 264,3 mil.

No acumulado do primeiro semestre, o mercado total de veículos usados, incluindo leves, pesados e motocicletas, registra que de 33,7%. Foram comercializadas 4.540.419 unidades este ano, contra as 6.850.277 dos primeiros seis meses de 2019. No comparativo de junho com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializados 1.068.013 usados, o recuo chega a 30,3%.

A Fenabrave, entidade que representa as concessionárias autorizadas e que também acompanha o mercado de veículos usados, lembra que esse mercado, assim como o de novos,  sofreu durante o primeiro semestre pela retração nos negócios e pela dificuldade dos registros nas transações pelo fechamento dos Detrans. “Isso afetou diretamente os negócios com usados e também foi relevante o período em que as concessionárias permaneceram fechadas, durante a quarentena mais restritiva”, comenta Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, afirmou, por sua vez, que  a entidade continua atenta aos estímulos que os três níveis de governos – municipais, estaduais e federal -, assim como as empresas, têm desenvolvido com relação ao aquecimento da economia e flexibilização da quarentena: “Também estamos analisando, com atenção e sensibilidade, os novos hábitos e comportamentos dos consumidores, fruto da experiência vivida nesse período da Covid-19”.


Foto: Divulgação/Autoavaliar

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