Recall deverá custar US$ 900 milhões e já é o maior da história dos automóveis elétricos
A Hyundai Motor substituirá as baterias de aproximadamente 82 mil veículos elétricos após registros de incêndios. Perto de 76 mil unidades do Kona, fabricadas entre 2017 e 2020, além de unidades do Ioniq e alguns ônibus serão convocados em vários mercados para a troca das células.
A operação, calculam analistas, custará cerca de US$ 900 milhões e entrará para a história como o primeiro grande recall de veículos elétricos em todo o mundo. O valor deve ser rateado entre a montadora coreana e a LG Energy Solution, fornecedora das baterias que ainda afirma que o componente não deve ser visto como a causa direta dos incêndios.
Já no ano passado, após mais de uma dezena de incêndios, a Hyundai admitira falhas e propusera recall do Kona, seu elétrico mais vendido até hoje, para atualização do software de gerenciamento do sistema. A troca das baterias, agora, foi decidida após o registro de outro incêndio em um veículo que já tinha sido atualizado.
Preventivamente, os donos dos veículos afetados estão sendo orientados a carregar no máximo 90% da carga da bateria antes da troca definitiva. Dos cerca de 77 mil Kona envolvidos, perto de 51 mil unidades foram negociadas nos Estados Unidos, Europa e outros mercados, e somente 25 mil na própria Coreia.
A decisão da Hyundai de substituir as baterias de seus modelos deve ser replicada por outras montadoras que já relataram problemas com o componente da LG, inclusive incêndios, como a General Motors, que no fim de 2020 anunciou reparos em 69 mil Chevrolet Bolt vendidos em todo o mundo.
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Foto: Divulgação
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