Aparalisação da Honda e de outras fabricantes do Polo Industrial de Manaus, AM, por causa da falta de pelas e componentes eletrônicos fez o mercado de motos desacelerar fortemente. Foram licenciadas apenas 57.428 unidades em fevereiro, o que representou uma baixa de 28% sobre o mesmo mês de 2020, quando foram emplacadas 79.837 unidades, e de expressivos 33% sobre janeiro deste ano (85.839).

“O estoque de motos nas concessionárias está extremamente baixo e, para alguns modelos, a espera chega a até 40 dias”, informa o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior. “A demanda segue aquecida, fomentada pela consolidação da motocicleta como meio de transporte individual pessoal e de trabalho (delivery/serviços), dado o incremento das vendas do e-commerce”.

Também houve aumento da oferta de crédito no segmento. Ante 3 a 3,5 fichas aprovadas a cada 10 apresentadas, a proporção hoje é de 4,5 para 10, ou seja, as instituições financeiras estão aprovando 45% das propostas que recebem. Segundo a Fenabrave, no ranking histórico das vendas de motos, o fevereiro deste ano está na 19ª colocação e, no acumulado do bimestre, na 14ª posição.

LEIA MAIS

Com alta do ICMS, venda de carros despenca em São Paulo

Mercado de veículos desacelera no primeiro bimestre

Além do desabastecimento das linhas de produção, que atinge também as montadoras de automóveis e caminhões, a segunda onda da Covid-19 também atrapalhou as operações das fabricantes de motos de Manaus e mesmo as vendas no varejo, visto que várias cidades estão com o comércio total ou parcialmente fechado por causa da pandemia.

“Tem locais com escalonamento de horário e outros que os lojistas nem podem abrir. Isso prejudica muito o movimento nas concessionárias”, lembrou o presidente da Fenabrave.


Foto: Divulgação/Honda

Alzira Rodrigues
ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!