Mesmo com os principais destinos enfrentando ainda grandes dificuldades e desajustes motivados pela pandemia, as exportações brasileiras de veículos no primeiro bimestre igualaram os volumes registrados em igual período do ano passado, quando a Covid-19 ainda não aportara na América do Sul.

Somados os embarques de janeiro e fevereiro, seguiram para outros países 58,1 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, marginal variação negativa de 0,2%. No mês passado, foram 33,1 mil, 25% a mais do que em janeiro.

A comparação com o fevereiro de 2020, porém, indica recuo de 12%, muito, além da menore demanda, em decorrência da confusão logística e de produção motivadas por paralisações para o carnaval em algumas empresas ou por faltas de peças em outras, quadro que afetou todas as atividades do setor, inclusive as exportações, ainda que em maior ou menor grau.

Apesar da estabilidade no bimestre e do recuo na comparação mensal, em valores o quadro das exportações é mais favorável. A indústria automobilística faturou US$ 1,06 bilhão no acumulado, 15,9% a mais do que em igual período do ano passado. Só em fevereiro, os embarques renderam US$ 608 milhões, crescimento de 10,4% na comparação com um ano antes.

Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, explica a aparente contradição: devido ao bom volume de veículos pesados exportados, o tíquete médio ficou bem acima no primeiro bimestre de 2020.

Este ano já passaram pelos portos brasileiros rumo ao exterior 3,3 mil caminhões, 85% a mais do que nos dois primeiros meses do ano passado. Os automóveis de passeio somaram 55,7 mil, queda de 2,6%.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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