O aquecimento da demanda no mercado doméstico de caminhão sustenta o ritmo de produção no chão das fábricas. Diante da crise da Argentina, que derrubou as exportações do segmento em 64%, para 3,6 mil unidades no acumulado de janeiro a abril, a atividade da indústria conseguiu se manter em alta. No primeiro quadrimestre, os 34,2 mil caminhões produzidos representaram um crescimento de 1,9% sobre o mesmo período do ano anterior, quando somou 33,5 mil unidades.

O resultado positivo se deve especialmente à demanda por caminhões pesados. Conforme os dados da Anfavea, divulgados na terça-feira, 7 de maio, do total de veículos do segmento produzidos até abril, mais de 18,8 mil são pesados, fatia que representou até o momento 55% da produção, além de o volume ser 24,5% superior ao apurado um ano antes, de 15,1 mil unidades.

Ainda sobre os números da associação, somente a produção de pesados conseguiu preservar crescimento na produção no acumulado do ano. Todas as outras categorias de veículos já experimentam quedas no ritmo. Segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, além do efeito da Argentina, alguns setores da economia brasileira ainda patinam para impulsionar demanda na distribuição de carga do varejo. “Pesados e extrapesados ainda serão os protagonistas da recuperação o segmento de caminhão este ano, com o agronegócio demandando.”

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Somente no mês passado, a produção de caminhões somou 9,4 mil unidades, alta de 3,5% na comparação com o abril de 2018, quando as saíram das linhas 9,1 mil veículos. Em relação a março, quando registrou 8,3 mil unidades, a alta foi de 13,1%.


Foto: Mercedes-Benz

Décio Costa
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