Indústria

Anfavea revisa para cima meta de exportações em 2021

Entidade projeta alta de 20% no volume e de 27% na receita, que deve chegar a US$ 7 bilhões

Diante do crescimento de 67,5% nas exportações de veículos no primeiro semestre, a Anfavea decidiu rever para cima a meta para os negócios externos do setor ao longo deste ano. De janeiro a junho foram embarcadas 200,1 mil unidades, ante as 119,5 mil do mesmo período de 2020, quando a indústria automotiva, tanto a brasileira como a mundial, teve a produção altamente prejudicada pela eclosão da pandemia da Covid-19.

Apesar do índice elevado do semestre sofrer essa distorção, a Anfavea acredita que as vendas para outros países seguirão com desempenho positivo neste segundo semestre e estima agora um crescimento de 20% nas exportações este ano, ante meta anterior de expansão de apenas 9%. Estima-se, assim, pelo menos 389 mil embarques até dezembro, contra os 324 mil registrados em 2020.

A expansão deverá ser ainda maior em valor, da ordem de 27%, contra índice estimado em apenas 8% no início do ano. Se concretizada a nova projeção da Anfavea, as vendas externas atingirão US$ 7 bilhões, ante os US$ 6 bilhões projetados em janeiro e os R$ 5,5 bilhões obtidos no ano passado.

A evolução maior na receita reflete o mix de produtos exportados atualmente. Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, são modelos com maior valor agregado, tanto nos leves como nos pesados e nas máquinas agrícolas. Dentre os países que estão comprando mais ele cita Chile, Peru, México e Colômbia.

“Os números estão melhores do que os esperados, mas ainda estamos aquém de anos anteriores e teríamos condições de exportar bem mais se a indústria brasileira tivesse melhores condições de competitividade. Continuamos defendendo maior abertura de mercado via novos acordos bilaterais”, comentou Moraes.

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Na revisão das projeções divulgadas pela Anfavea nesta quarta-feira, 7, apenas o segmento de veículos leves teve metas reduzidas, o que é atribuído à falta de semicondutores que afeta principalmente as montadoras de automóveis. Ao falar das novas estimativas, Moraes disse nunca ter sido tão difícil fazer projeções no Brasil.

“Além das variáveis socioeconômicas, agora temos também de levar em conta a situação da pandemia, o ritmo da vacinação, a instabilidade política e essa crise global dos semicondutores, sobre a qual pouco podemos antever”, enfatizou o presidente da Anfavea, ressaltando que uma possível restrição de fornecimento de energia elétrica não entrou nos cálculos da entidade.


 

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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