A produção de caminhões no mês passado ultrapassou 14,6 mil unidades, volume 5,3% superior ao anotado em maio, de 13,9 mil. Segundo registros da Anfavea, o resultado se mostrou como o melhor do ano, bem como o o mais robusto para junho desde 2013

No confronto com o mesmo mês do ano passado, a alta chegou a quase 163%. Deve-se observar, no entanto, que a taxa de crescimento se deu em cima de uma base significativamente baixa, fruto de um momento no qual as fábricas retornavam às atividades após interrupção nas linhas devido à pandemia.

Assim, com o volume de junho a produção acumulada nos seis primeiros meses do ano somou 74,7 mil caminhões, em alta de 115,1% sobre as 34,7 mil unidades produzidas um ano antes.

“Embora a produção se mantenha em alta, cabe observar que o ritmo nas fábricas é menos intenso devido à dificuldade de fornecimento de semicondutores”, lembrou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea durante apresentação do balanço do setor automotivo à imprensa, na quarta-feira, 7. “Ainda assim, foi o melhor primeiro semestre melhor desde 2014 para a indústria de caminhões.”

Produção de chassi sofre impacto adicional de baixa demanda

No caso das atividades de montagem de chassi para ônibus, a demanda menor no transporte de passageiros se apresenta como um desafio adicional. No mês passado, a produção anotou pequena baixa de 1,9% em relação a maio, estabilizada no patamar de 1,6 mil unidades. Cresce 17% em relação a junho do ano passado, quando quase 1,4 mil chassis foram produzidos. Mas também vale lembrar as condições daquele período impostas pelas medidas de segurança sanitária.

No acumulado de janeiro a junho, os 10,3 mil chassis produzidos representaram uma expansão de 15% em relação às 8,9 mil unidades que saíram das linhas de montagem nos mesmos meses de 2020. “O resultado só não se apresenta menor em função das entregas para o Programa Caminho da Escola e para os serviços de fretamento”, observou Bonini.

Diante dos resultados registrados no primeiro semestre, a Anfavea revisou as projeções para 2021. No caso da produção de pesados, a associação estimativa em janeiro alta de 23% sobre 2020, para volume em torno de 123 mil caminhões e ônibus. Agora, o prognóstico é de crescimento de 42%, que se concretizado a indústria produzirá ao redor de 156 mi pesados.

“É apenas uma referência, nunca esteve tão difícil fazer projeções. Há muitos desafios no ambiente. Além da falta de semicondutores ou mesmo de peças e componentes, os custos estão mais altos, a inflação está crescendo, bem como as taxas de juros, condições que tornam a compra do consumidor mais difíceis”, ponderou Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea.

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Foto: VWCO/Divulgação

Décio Costa
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