Em tempos de dificuldades de fornecimento de componentes, a indústria de implentos rodoviários recebeu uma boa notícia esta semana: o Ibero Group, fabricante de eixos, duplicará sua capacidade produtiva de 300 para 600 componentes por dia. Para isso, a empresa, que estima ter 34% das vendas do segmento, acaba de inaugurar fábrica totalmente nova em Itaquaquecetuba, SP.
O projeto demandou investimento de mais de R$ 40 milhões e atende, sobretudo, à expectativa da empresa, de que a demanda interna seguirá em elevação daqui para frente e por um bom período.
“O mercado está aquecido e essa tendência deve permanecer em função da liberação pelo Contran do uso do quarto eixo e iminente aprovação da renovação da frota de caminhões, além do maior uso de suspensões pneumáticas”, avalia o fundador e CEO Ronaldo Linero.
Linero: crescimento de dois dígitos em 2022 e planos de abrir o capital.
A planta ocupa 8 mil m² de área construída e poderá fabricar até 14 mil eixos por mês. O fôlego produtivo adicional também foi estabelecido para que o grupo amplie e consolide fornecimento para clientes de outros países, inclusive Estados Unidos.
“Queremos começar pelas Américas e posteriormente iremos para outra regiões”, assegura Linero, que não esconde a intenção de abrir o capital da empresa em um futuro próximo, até para captar recursos poderão assegurar movimentos ainda maiores.
A conjunção de mercado ascendente e mais produção faz com que o Ibero Group vislumbre crescimento da ordem de dois dígitos de seu faturamento ainda este ano. Contra os mais de R$ 900 milhões consolidados em 2021, a projeção para 2022 é superar R$ 1 bilhão, valor considerado anteriormente para ser alcançado não antes de 2025.
A Ibero, sigla para Indústria Brasileira de Equipamentos Rodoviários, foi fundada em 2000 e seis anos depois, já como Ibero System, inauguraria sua sede e primeira fábrica em Itaquaquecetuba.
Além de eixos, fornece para a indústria automotiva também suspensores e supensões mecânicas e pneumáticas — parte com aplicações no segmento agrícola —, produtos oriundos de três plantas industriais que reúnem mais de 600 funcionários.
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