As vendas de caminhões retraíram 2,1% no ano passado, baixando de 127.281 unidades em 2021 para 124.584. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pela Fenabrave, que aposta em estabilidade para esse segmento este ano, o mesmo que projeta para as vendas de automóveis e comerciais leves. Entre os autoveículos, somente os ônibus deverão ter resultado positivo.

Na avaliação do presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., a demanda por caminhões deve crescer neste primeiro trimestre do ano em função dos estoques na rede dos veículos com tecnologia Euro 5, que foram produzidos até 31 de dezembro e podem ser comercializados até 31 de março.

“A partir de abril, quando  a disponibilidade passa a ser exclusivamente de caminhões Euro 6, que custam entre 25% e 30% a mais do que os veículos da geração anterior, a demanda deve desacelerar”, comentou o executivo, sem revelar o número de modelos Euro 5 estocados nas redes de concessionários das marcas de pesados.

Considerando um desempenho mais positivo neste início de ano e uma retração temporária a partir de abril, a expectiva é chegar em dezembro com números acumulados similares aos de 2021.

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“No caso dos caminhões, valem as mesmas premissas macroeconômicas citadas para carros e comerciais leves, dentre as quais os juros altos e as consequentes restrições ao crédito”, comenta o presidente da Fenabrave, lembrando ainda que esse segmento acompanha o PIB, que deve ter crescimento insignificante em 2023.

Com relação ao segmento de implementos rodoviários, a expectativa é de continuidade da queda nas vendas, que atingiram 83,2 mil unidades no ano passado, volume 8% inferior ao de 2023.  A projeção da Fenabrave é de nova retração em 2023, desta vez da ordem de 10%.

“Esse movimento decorre da renovação de frota já ocorrida em 2021, quando o segmento de implementos teve aumento de cerca de 35%”, lembrou Andreta Jr


Foto: Divulgação/VWCO

Alzira Rodrigues
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